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Clericus Cup

O troféu em ano de centenário. Padres de Vila Real são tricampeões de futsal

06 jul, 2022 - 22:19 • Olímpia Mairos

A iniciativa decorreu em Chaves, inserida nas comemorações do centenário da criação da Diocese de Vila Real, e congregou cerca de 100 sacerdotes das várias dioceses de Portugal.

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A equipa dos padres da Diocese de Vila Real, esta quarta-feira, sagrou-se tricampeã do “Clericus Cup”, o torneio nacional de futsal para padres.

A iniciativa, que completou a 15ª edição, acontece todos os anos e une desporto, oração, partilha de vida e cultura, durante três dias de pausa nas atividades pastorais.

Os sacerdotes de Vila Real sagraram-se campeões, ao vencerem a equipa Bracara, da Arquidiocese de Braga, por 3-0, na final que se disputou no Pavilhão Municipal de Chaves.

“É uma prenda bonita para a nossa diocese que está a celebrar o centenário da sua criação”, diz à Renascença o padre Ivo Coelho.

“O troféu é importante, correu tudo muito bem, mas o mais importante foi o convívio entre nós”, diz o capitão de Vila Real.

Para o padre César Mendes, da Congregação da Missão, mais conhecidos por padres vicentinos, a experiência foi “muito positiva e proporcionou o encontro entre sacerdotes de várias regiões do país”.

A equipa dos Vicentinos e Alentejo ficou em 5º lugar, mas, para além da competição, que é uma componente importante, o sacerdote conta que “é sempre muito divertido e faz-nos bem sair um bocadinho dos nossos ritmos habituais de vida”.

“Sim, porque à parte dos jogos, nós acabamos por ter também muitas partilhas, partilhas de experiências. Partilhamos as nossas alegrias, as nossas tristezas. Trabalhamos em várias dioceses e em contextos diferentes, cada um tem a sua especificidade e estarmos juntos permite-nos recarregar baterias, na medida em que partilhamos as nossas vidas”, conta.

O sacerdote vicentino aproveitou também para “matar saudades”, já que esteve cinco anos em missão na região de Chaves e está, atualmente, em Felgueiras.

Também o padre David Costa, da Diocese do Porto, que conquistou o 3º lugar, destaca “a confraternização com os colegas de todo o país”.

“Também serviu para queimar um bocadinho as calorias”, diz. E, em tom de brincadeira, refere que só não chegaram à taça “por respeito pelos anfitriões”.

No torneio participaram oito equipas das dioceses de Vila Real, Viana Castelo, Viseu, Porto, Guarda, Braga com duas equipas e Vicentinos e Alentejo.

A iniciativa decorreu em Chaves, inserida nas comemorações do centenário da criação da Diocese de Vila Real, e congregou cerca de 100 participantes.

“Celebração da vida, do amor, da fé, da alegria e da felicidade”

Para o presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, o Clericus Cup “foi uma celebração da vida, do amor, da fé, da alegria e da felicidade”.

“Este resultado final naturalmente que nos orgulha, porque não podemos escamotear o facto de sermos de Vila Real e, portanto, Chaves estar integrado na Diocese Vila Real”, realça.

O autarca agradece “a todos que fizeram acontecer esta iniciativa” e dá os parabéns à equipa de Vila Real.

“Estamos muitos orgulhosos, estamos muito satisfeitos e que continuem a fazer na vida, na sua missão e na sua pastoral aquilo que fizeram em campo, que é, de facto, também, saírem vitoriosos”, remata.

O bispo da Diocese de Vila Real, D. António Augusto Azevedo, ficou satisfeito com a conquista do troféu, destacando, no entanto, que “neste caso, todos ganharam”.

“Ganhou a diocese porque tem uma excelente equipa, não só os que jogaram, mas, depois, um conjunto mais alargado de padres que praticam desporto, mas também as outras dioceses que aqui estiveram presentes, no sentido de que a participação, o envolvimento do clero foi muito positivo”, observa.

Segundo o prelado, “Chaves também ganhou. A cidade teve uma vitória importante, no sentido de que soube acolher, envolver as pessoas nos vários momentos, porque não foi só futsal, foi também celebração, visita cultural, momentos de convívio e as comunidades estiveram envolvidas. Chaves soube receber, soube participar e soube, também, neste jogo final estar presente”.

D. António Augusto Azevedo sublinha também o testemunho dado pelos sacerdotes durante o torneio, sinalizando que “o desporto é sempre uma linguagem que nos une”.

“O desporto tem esta vitalidade de unir as pessoas. E, de facto, às vezes, pode haver diferenças de opiniões, de outro tipo de diferenças, mas o desporto faz ultrapassar tudo isso. É um fator que favorece a coesão, favorece a comunhão, favorece a amizade entre o clero”, destaca.

A realização do Clericus Cup foi também uma oportunidade para chegar a outros públicos, de aproximação aos jovens e de envolvimento de várias comunidades.

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