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Fundação Pontifícia Scholas Occurrentes

“Os miúdos sabem que têm poder de mudar as coisas!”

18 out, 2021 - 11:03 • Sandra Afonso

A Fundação Pontifícia Scholas Occurrentes junta alunos de diferentes contextos socioculturais e várias religiões, num compromisso pelo bem comum, tudo inspirado no Papa Francisco.

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A Fundação Pontifícia Scholas Occurrentes foi fundada por Jorge Bergoglio, em Buenos Aires, em 2001, quando ainda era arcebispo daquela cidade.

Bergoglio foi, entretanto, eleito Papa mas a inspiração mantém-se inalterada. As Scholas Ocurrentes defendem novos objetivos para a educação, que ela sirva para promover a cultura do encontro pela paz e o compromisso pelo bem comum. Essa é uma premissa que já fizeram chegar a quase duas centenas de países.

Segundo a Coordenadora Estratégica Internacional, María Pía Delneri, a Fundação Scholas Occurrentes destaca-se pelos programas pedagógicos, “pensados essencialmente para juntar diferentes crianças, de diferentes realidades e origens socioculturais e económicas, todos juntos na mesma mesa onde contam os problemas de cada um e encontram soluções”.

Os alunos “trabalham para o mundo que querem deixar”, diz María Pía Delneri, que acredita que “esta é a chave da educação para a paz. É a educação do encontro com o outro, de ser mais tolerante com a diferença.”

Apesar de manterem estes princípios, assumem que não são uma organização católica. “O Papa é o criador das escolas e é a nossa inspiração. Não somos uma organização católica, mas somos profundamente inspirados pelo Papa Francisco. Ele está sempre a pregar que a cultura do encontro é a necessidade de irmos ao encontro de um mundo mais colaborativo e mais desenvolvido”, lembra Delneri.

Na prática, estes princípios estão a desenvolver a confiança dos futuros líderes, explica a Coordenadora Estratégica Internacional. “Todos os dias, nas escolas regionais e nacionais, nos cinco continentes, reunimos os alunos que vêm de diferentes origens. Eles podem conhecer-se e colocar os problemas de cada um e discutir soluções, que são depois apresentadas ao poder local, que as podem implementar. Os miúdos sabem que têm o poder de mudar as coisas, têm esse poder já hoje!

María Pía Delneri não tem dúvidas de que “esta é a principal forma de inspiração do Papa Francisco, ele é a mente e o coração por detrás de tudo o que fazemos aqui.”

Apesar de serem ainda uma organização jovem, já têm resultados por todo o mundo. A coordenadora dá o exemplo do Paraguai, onde o Governo pediu ajuda à fundação, para combater o abandono escolar.

“Havia muitos miúdos a abandonar a escola, sobretudo adolescentes. Fazemos atividades para desenvolverem depois das aulas, com resultados extremamente bons, porque os miúdos estavam muito mais predispostos a ficar, mas não a fazerem o mesmo que faziam - estarem sentados a ouvir um professor era o que os afastava.” A solução encontrada foi envolvê-los “com arte, desportos e o desenvolvimento de capacidades de negociação e empatia. É a outra face da educação formal”, diz.

A Renascença falou com María Pía Delneri à margem da cimeira “The Future of Politics”, em Cascais. A Coordenadora da Scholas Occurrentes diz que as escolas não podem funcionar à parte do mundo. “Eles têm de se preparar para tudo: desde as alterações climáticas à pobreza e desigualdade, passando pelos perigos da radicalização e do populismo”.

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