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Santa Sé critica Parlamento Europeu sobre aborto e objeção de consciência

07 jul, 2021 - 17:01 • Aura Miguel

O chefe da diplomacia vaticana referiu que “a Santa Sé mantém-se empenhada e o Santo Padre comprometeu-se em visitar o Líbano quando houver governo, o que é um grande estímulo para formar governo."

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O secretário do Vaticano para as relações com os Estados, Paul Gallagher, criticou, esta quarta-feira, em Lisboa, recentes posições assumidas pelo Parlamento Europeu, nomeadamente sobre o aborto.

Interrogado pela Renascença sobre a aprovação da resolução que preconiza a classificação do aborto como um direto humano e o fim da objeção de consciência de médicos e enfermeiros em hospitais públicos onde se realizam abortos, o responsável do Vaticano foi claro: “Somos contra a ideia de que o aborto possa vir a ser um direito humano. E estamos muitos desapontados que a objecção de consciência, onde quer que exista, em qualquer circunstância e legislação, seja eliminada."

"Sabemos como esta tendência está a aumentar em muitas partes do mundo. Por isso, estamos muito desiludidos”, reforçou.

Interrogado sobre a complexa situação do Líbano e o que se vai seguir à cimeira do Papa, realizada no dia 1 de julho, com os líderes religiosos libaneses, Gallagher respondeu que “agora, os líderes religiosos cristãos regressaram e vão falar com o seu povo, vão falar com os políticos e nós vamos tentar encontrar, de todas as formas, um caminho que dê seguimento ao nosso contributo.”

O chefe da diplomacia vaticana referiu que “a Santa Sé mantém-se empenhada e o Santo Padre comprometeu-se em visitar o Líbano quando houver governo, o que é um grande estímulo para formar governo. Mas também haverá outras visitas. Vamos esperar para ver.”

Sobre a hipótese de a Santa Sé vir a ser mediadora dos conflitos naquele país, Gallagher respondeu: “não definimos um calendário, estamos a tentar dar pequenos passos para ver qual vai ser a reação; mas, ao mesmo tempo, apelamos à comunidade internacional para fazer tudo o que puder para ajudar o Líbano nestes tempos tão difíceis”.

A Renascença ainda perguntou se o programa da próxima visita do Papa, ao dedicar três dias à Eslováquia e apenas uma tarde a Budapeste não seria revelador da posição da Santa Sé face ao regime húngaro, mas Gallagher negou, sublinhando que, “desde há muito que o Santo Padre tinha anunciado que a presença em Budapeste seria breve”

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