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Eventos preparatórios mostram que Museu Internacional do Livro Sagrado não está esquecido

06 jul, 2021 - 15:37 • Liliana Carona

Na senda do Congresso Internacional "A Bíblia na Cultura Ocidental", que já foi adiado duas vezes por causa da pandemia e ainda não tem nova data prevista, decorreu, em Gouveia, um evento preparatório. Iniciativas com vista à construção do MILS, o Museu Internacional do Livro Sagrado.

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O presidente da Câmara Municipal de Gouveia, Luís Tadeu, garante que o projeto do MILS - Museu Internacional do Livro Sagrado não foi arrumado na gaveta.

“Estamos na presentação do projeto a potenciais patronos, apoiantes financeiros, porque estamos a falar de um projeto que custa 12 milhões de euros, que como é obvio não é possível realizar a expensas únicas do município”, assume o autarca, admitindo a possibilidade de financiamento comunitário.

“Através dos novos programas e apoios, o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência, do quadro comunitário 2030, vamos procurar enquadrar, para ter parte deste financiamento. É este o momento certo. Vamos passar para o trabalho no terreno e encontrar o enquadramento financeiro. Do estudo prévio passamos para o projeto, que Gouveia abraçou e que não está parado, pretende-se concretizar com rapidez”, declara Luís Tadeu.

Gil Barreiros, presidente da assembleia municipal de Gouveia lamenta o impacto da pandemia. “Limitados às possibilidades que esta pandemia nos dá e já com dois adiamentos do congresso internacional que contávamos ter realizado, estamos aqui nesta cerimónia que pode ser o relançar dos projetos que tínhamos e estamos a criar responsabilidade, que faz com que não possamos ter retorno, só podemos realizar o sonho e concretizar aquilo que já anunciámos publicamente”, sublinha.

O congresso internacional: A Bíblia na Cultura Ocidental, continua a ser preparado, ainda que José Eduardo Franco, presidente da comissão organizadora, admita constrangimentos alheios à sua vontade. “Foi necessário adiar novamente, esperemos que se consiga reagendar para o ano, mas a seu tempo anunciaremos a sua data de realização quando tivermos mais segurança”, refere o responsável da iniciativa, acrescentando que a comissão organizadora não vai baixar os braços.

“Não quisemos deixar de animar esta dinâmica preparatória, de antecipação de congresso, realizando conferências, lançamentos de obras, e este evento enquadra-se neste trajeto preparatório e aqui estamos para fazer de Gouveia uma cidade de cultura e de ciência, e que seja valorizador do nosso país, porque atrairá muita gente a nível internacional”, defende José Eduardo Franco.

No dia 1 de julho, o primeiro evento preparatório, contou com a participação do cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura no Vaticano, que recordou a importância da Bíblia no dia-a-dia. “Pensemos nas palavras de Jesus, que fala fundamentalmente por símbolos, 35 parábolas ou 72, segundo o cálculo diverso da tipologia das parábolas e que influência tiveram estas parábolas na história da cultura em geral. Jesus fala dos peixes, dos filhos difíceis, dos magistrados corruptos, dos palácios e da miséria”, exemplifica o cardeal Ravasi.

No mesmo evento preparatório do congresso, que decorreu em Gouveia, o patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente enalteceu o lançamento da obra completa em 6 volumes de ‘A Bíblia em Portugal: 25 séculos de traduções e modelações’, de Frei Herculano Alves.

“Associo-me com admiração e reconhecimento a este momento cultural que é também de justa homenagem a Frei Herculano Alves e ao seu notável contributo para a história da bíblia em Portugal, em sucessivos volumes de grande solidez e largo âmbito.

Podemos afirmar que sobre esta temática tão central, há um antes e um depois do seu trabalho, esta obra é um marco incontornável da cultura portuguesa, não se pode passar ao lado dela”, considera D. Manuel Clemente, que admitiu que “já há meio século que visita Gouveia”, destacando que D. António Mendes Belo, décimo-terceiro patriarca de Lisboa, era um gouveense. “Ainda espero visitar o Museu Internacional do Livro Sagrado, quando estiver disponível e que bom que é, ver fora dos centros habituais, também outras localidades ganharem relevo pelas iniciativas que tomam” concluiu o cardeal-patriarca de Lisboa.

Usaram ainda da palavra para apresentação dos diferentes volumes da obra de Frei Herculano Alves: Luís Carlos Amaral, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto; Eugénia Magalhães, do Instituto de Estudos Avançados em Catolicismo e Globalização; D. Manuel Felício, Bispo da Guarda; Carlos Fiolhais do Rómulo Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra.

No Teatro- Cine de Gouveia foi ainda apresentado o selo dos CTT comemorativo dos 1600 anos do Nascimento de São Jerónimo, primeiro tradutor da Bíblia para latim, a famosa e influente ‘Vulgata’.

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