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Santa Sé apela à equidade na vacinação e à Ciência ao serviço de todos

02 jul, 2021 - 12:13 • Aura Miguel

Para as vacinas chegarem a todos, “é necessário um compromisso que envolva todas as partes envolvidas na operação”, diz o presidente da Academia Pontifícia para a Vida.

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O Vaticano volta a reafirmar que é urgente a disponibilidade das vacinas “para todos e em qualquer lugar, sem restrições por aspetos económicos, mesmo em países pobres”.

Numa conferência de imprensa no Vaticano, para assinalar um encontro internacional que juntou representantes da Academia Pontifícia para a Vida, da “German Medical Association” e da “World Medical Association”, Mons. Vicenzo Paglia, sublinhou que, para as vacinas chegarem a todos, “é necessário um compromisso que envolva todas as partes envolvidas na operação”.

Portanto, “afirmar a disponibilidade universal das vacinas significa entrar neste complexo conjunto de problemas, que afetam tanto os aspectos científico-tecnológicos, económico-comerciais e geo-políticos”, explicou.

O presidente da Academia pontifícia para a Vida acrescentou ainda que “a emergência pandémica devido à Covid-19 tem atraído muita a atenção, mas não é o único problema urgente”.

Mons. Paglia pede, por isso, aos responsáveis que “não esqueçam que a malária e a tuberculose causam muito mais vítimas em África do que as causadas pela Covid-19 e que “a falta de saneamento básico e água potável são uma séria ameaça à saúde e à sobrevivência”.

O comunicado final deste encontro refere que “para desbloquear todo o potencial inovador das vacinas, devem ser tomadas medidas para superar as barreiras à equidade e abordar as causas profundas da hesitação face à vacina, com uma mensagem clara sobre a segurança e a necessidade das vacinas e neutralizando os mitos e a desinformação com elas relacionados.”

Entretanto o Papa enviou uma mensagem vídeo para um encontro de médicos e cientistas que decorre na cidade italiana de Teramo, sobre “Ciência e Sociedade.

Francisco afirma que “encontrar cientistas é um grande dom de esperança para a humanidade, porque nunca como agora se percebe a necessidade de relançar a investigação científica para enfrentar os desafios da sociedade contemporânea”.

O Papa fez, ainda, votos para “que a investigação científica se ponha ao serviço de todos” e que procure sempre “novas formas de colaboração, de partilha dos resultados e construção de redes".

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