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D. Américo Aguiar

“Queremos responder com números aos que acusam a Igreja de fazer caridade com dinheiro dos outros”

15 mai, 2021 - 11:56 • Aura Miguel

Bispo auxiliar de Lisboa diz que tal levantamento vai permitir reconhecer que “esses encargos não são cobertos na totalidade pelo financiamento do Estado", o que implica um esforço para cobrir o que está em falta”.

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A pastoral da caridade tem uma expressão capilar, estando espalhada pelas quase 300 paróquias do Patriarcado de Lisboa. Na abertura do Congresso “Sair com Cristo ao encontro de todas as periferias”, que decorre em Torres Vedras, D. Américo Aguiar revelou haver cerca de 15 mil profissionais assalariados nesta área, mas é preciso “responder com números aos que dizem que a Igreja faz caridade com o dinheiro dos outros”.

A preocupação foi deixada pelo bispo auxiliar de Lisboa, responsável pela pastoral sócio-caritativa, o qual lembrou que às vezes, até nos media, a Igreja "leva umas caneladas".

D. Américo Aguiar apelou à colaboração de todos - nas paróquias, centros sociais, lares, casas de apoio e grupos de voluntários – para apurar “quem somos, o que fazemos e quantos milhões de encargos temos por mês”.

Tal levantamento vai permitir reconhecer que “esses encargos não são cobertos na totalidade pelo financiamento do Estado, o que significa que as nossas comunidades têm que inventar e inovar muitíssimo para em conjunto com os utentes e suas famílias cobrir o que está em falta”, alertou.

"Temos de ter na ponta da língua os números."

“Sair com Cristo ao encontro de todas as periferias” é o tema do Congresso da Pastoral Sócio-Caritativa do Patriarcado de Lisboa, que reúne este sábado, em Torres Vedras, representantes de várias áreas.

O Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, irá encerrar o evento com uma intervenção sobre “as periferias como lugar privilegiado da presença da Igreja”.

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  • Ivo Pestana
    15 mai, 2021 Madeira 14:21
    Sr. Bispo a maior caridade é ouvir as pessoas e dar uma palavra. Os sacerdotes estão sempre com pressa e ocupados. 3squecem que o mais importante da Igreja é a pastoral. Um padre não devia ser gestor, mas sim pastor. Fico triste quando ninguém nos quer escutar. Força Igreja e não esqueçam de dar uma palavra a quem precisa.

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