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Todos os Santos e Fiéis defuntos

Restrições à circulação não devem impedir fiéis de ir ao cemitério

30 out, 2020 - 06:59 • Ângela Roque

Porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa compreende proibição de circular entre concelhos neste fim de semana, mas espera que, quem puder, não seja impedido de homenagear os familiares que morreram, porque “há uma dor imensa” neste ano em que tanta gente não pôde fazer o luto.

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Quando se reuniram em Fátima, em meados de outubro, os bispos portugueses apelaram a que os cemitérios se mantivessem abertos a 1 e 2 de novembro, para que as pessoas pudessem prestar homenagem aos familiares mortos, muitos deles nos últimos meses, vítimas da Covid-19.

Mas o agravamento da doença levou o Governo a proibir as deslocações entre concelhos, a partir desta sexta-feira e até à próxima terça, dia 3. O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) compreende a decisão, mas espera que nas várias localidades se permita que a tradição se cumpra.

“Compreendo que tenha de haver todo o cuidado, e que haja essa restrição de não circular entre concelhos. Mas, isso não deve impedir que os cemitérios fiquem abertos, pelo menos para as pessoas do concelho, para que possam fazer homenagem e rezar pelos entes queridos, fazer o sufrágio por aqueles que já partiram, como sinal de fé”, diz o padre Manuel Barbosa à Renascença, lembrando que essa homenagem pode continuar a ser feita noutros dias de novembro. “Não limita que noutros dias, noutros momento, como também se tem sugerido, dentro do possível as pessoas se desloquem e, com todos os cuidados de saúde, tenham esse momento”.

Para o porta-voz da CEP é preciso não esquecer que, neste ano tão atípico, muitas famílias foram impedidas de fazer o luto como gostariam, por isso estes podem ser momentos ainda mais importantes. “É uma dor imensa, como sabemos , quem não pôde estar junto daqueles que partiram, por razões que sabemos muito bem. Isso também mata interiormente, porque se fica com um sofrimento enorme, que nesta altura se pode atenuar pela oração, pela fé, pela atitude serena, que certamente pacifica a vida das pessoas”, refere.

O padre Manuel Barbosa reafirma, no entanto, a importância de se cumprirem as regras de segurança. “Mantemos sempre esse espírito de atenção e cuidado que devemos ter com todas as normas, o cuidado pessoal, porque quando cuidamos de nós cuidamos também dos outros. É um apelo a todos os cidadãos que a Igreja tem fomentado sempre, nas próprias celebrações, para que não seja posta em causa a saúde pública”, sublinha.

Dia de luto nacional e missa de sufrágio pelas vítimas da pandemia

O governo decretou um dia de luto nacional para segunda-feira, 2 de novembro, que para a Igreja é o Dia dos Fiéis Defuntos. Mas, a Conferência Episcopal Portuguesa tem marcada para o próximo dia 14, em Fátima, uma missa de sufrágio por todos os que morreram vítimas da Covid-19.

“A primeira intenção, se a pandemia não estivesses tão grave como está, era que pudessem participar mais pessoas vindas das várias dioceses, mas neste momento isso não é possível”, explica o porta-voz da CEP, acrescentando que “estarão os senhores bispos todos presentes, eles próprios representarão as dioceses, mais as pessoas que puderem estar, segundo o limite da Basílica da Santíssima Trindade”.

A eucaristia está prevista para as 11h00 de dia 14 de novembro, sábado, no final da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal, e será presidida por D. José Ornelas, bispo de Setúbal e atual presidente da CEP.

A Renascença vai transmitir a missa pelas vítimas da Covid-19, a partir de Fátima, que vai contar com a presença de todos os bispos portugueses.

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