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Papa denuncia “interesses” no combate à pandemia

09 set, 2020 - 10:22 • Aura Miguel

Francisco defende à distribuição justa das vacinas contra a Covid-19. "Uma sociedade saudável é aquela que cuida da saúde de todos.”

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Papa denuncia “interesses” políticos e económicos no combate à pandemia
Papa denuncia “interesses” políticos e económicos no combate à pandemia

O Papa alerta para possíveis negociatas que possam existir com as vacinas contra a Covid-19. Na audiência geral, desta manhã, no Vaticano, Francisco mostrou-se preocupado com possíveis aproveitamentos económicos e políticas da pandemia.

O Papa alerta para possíveis negociatas que possam existir com as vacinas contra a Covid-19. Na audiência geral, desta manhã, no Vaticano, Francisco mostrou-se preocupado com possíveis aproveitamentos económicos e políticas da pandemia.

No arranque da sua intervenção começou por lembrar que a crise provocada pela pandemia atinge todos. “Podemos sair dela melhores se todos juntos procurarmos o bem comum.”

“Infelizmente, estamos a assistir ao surgimento de interesses”, alertou o Santo Padre, na habitual audiência das quartas-feiras.

“Há quem deseje apropriar-se de possíveis soluções, como no caso das vacinas, para depois vendê-las a outros. Algumas pessoas aproveitam-se da situação para fomentar divisões, procurar vantagens económicas ou políticas, gerando ou aumentando os conflitos. Outros, simplesmente não se importam com o sofrimento dos outros, passam adiante e seguem o seu caminho”, exemplificou.

Na sua opinião, a solução passa pelo amor ao bem comum, para que ninguém seja excluído. “A saúde não é apenas individual, mas também um bem público. Uma sociedade saudável é aquela que cuida da saúde de todos”, salientou o Papa, alertando para a necessidade de se construir uma sociedade inclusiva, justa e pacífica - “temos que o fazer sobre a rocha do bem comum”.

“Uma sociedade saudável é aquela que cuida da saúde de todos.”

Francisco deixou também um apelo aos políticos, apesar de “infelizmente, a política muitas vezes não gozar de boa reputação”. Neste contexto, o reafirma que “não nos devemos resignar a esta visão negativa, mas reagir demonstrando com factos que uma boa política é possível, aliás, indispensável, quando coloca no centro a pessoa humana e o bem comum”.

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 893.524 mortos e infetou mais de 27,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o último balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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