Tempo
|

28,02%
77 Deputados
28%
78 Deputados
18,07%
50 Deputados
4,94%
8 Deputados
4,36%
5 Deputados
3,17%
4 Deputados
3,16%
4 Deputados
1,95%
1 Deputados
4,02%
3 Deputados
  • Freguesias apuradas: 3092 de 3092
  • Abstenção: 40,16%
  • Votos Nulos: 2,93%
  • Votos em Branco: 1,39%

Total esquerda: 91Mandatos
Pan: 1Mandatos
Total direita: 138Mandatos
A+ / A-

Líder dos liberais democratas abandona política por causa de posições religiosas

17 jun, 2017 - 15:39

A demissão de Tim Farron levanta a questão sobre se os cristãos ainda têm espaço nos principais partidos políticos.

A+ / A-

O líder do Partido Liberal Democrata demitiu-se do seu cargo depois de as suas posições religiosas terem causado polémica no Reino Unido e apesar de, sob o seu comando, o partido ter melhorado os seus resultados nas últimas eleições.

Farron, que é evangélico, foi interrogado imediatamente depois de ter assumido o cargo sobre a sua visão acerca da homossexualidade. Questionado sobre se considerava a homossexualidade um pecado, respondeu que “somos todos pecadores”, mas isso não acalmou os seus críticos, que não deixaram cair a questão, levando-o mesmo, ao fim de algumas semanas, a dizer que não considerava os actos homossexuais pecado e que era a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Mais recentemente, porém, surgiu um vídeo de uma entrevista em que Farron diz que o aborto está errado, mas que a sociedade não está preparada para uma mudança da lei, o que levou a mais críticas.

Ao demitir-se, pressionado por figuras de relevo do seu partido, Farron explicou que o que o motivava era a aparente incompatibilidade entre as suas crenças e a actividade política.

“Dou por mim dividido entre viver como um cristão fiel e servir como líder político. Aparentemente sou objecto de desconfiança por causa daquilo em que acredito e em quem tenho fé. A ser esse o caso, estamos a enganar-nos se pensamos que estamos a viver numa sociedade liberal e tolerante”, disse.

A demissão de Farron espoletou um debate na sociedade e nos media de língua inglesa sobre a liberdade de consciência dos cristãos e dos fiéis religiosos em geral na política. No Wall Street Journal o jornalista Sohrab Ahmari conclui que “as políticas de Farron recordam as de Gladstone, Chesterton e de Isaiah Berlin, que entronizaram a consciência. Hoje, o liberalismo triunfou de forma tão esmagadora sobre os apelos à fé e à tradição, que não ficou mais nada por conquistar a não ser a consciência individual.”

Já Sarah Latham, director do Fórum Cristão Democrata Liberal, afirma em declarações à Religion News Service que a demissão de Farron “reflecte o facto de vivermos numa sociedade que em vários sentidos ainda é iliberal e intolerante de líderes políticos terem fé. Isso precisa de mudar urgentemente. Mas apenas mudará se os cristãos se levantarem e se envolverem em todas as áreas da vida, mudando a retórica”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Anónimo
    14 ago, 2018 15:51
    Fake news! Abandona política por causa de atitudes homofóbicas. O presidente francês Emmanuel Macron é católico e o ex-presidente americano Barack Obama é protestante e nenhum deles abandonou "política por causa de posições religiosas". A Rádio Renascença inventa problemas que não existem.
  • EA
    17 jun, 2017 V 18:04
    É triste que num tempo em que tanto se apregoa a tolerância, parece que vivemos um período de grande intolerância. Infelizmente nem todos têm a possibilidade de expressar livremente as suas ideias. A liberdade é uma palavra que só alguns podem usufruir, nem todos. É a chamada ditadura dos "tolerantes".
  • Lolita
    17 jun, 2017 Tavira 16:44
    Mais um «liberal» catequizado...

Destaques V+