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Congresso do PS

JS insiste na legalização da cannabis e pede financiamento a 100% da habitação dos jovens

05 jan, 2024 - 14:55 • Tomás Anjinho Chagas

Juventude Socialista apresenta quatro moções no Congresso do PS e destaca “renovação geracional” trazida com nova liderança de Pedro Nuno Santos. Objetivo é verter ideias para medidas e conseguir eleger deputados da JS nas legislativas.

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A Juventude Socialista vai tentar aprovar a legalização da cannabis para consumo. É uma das principais ideias da JS há vários anos e vai voltar a ser área de insistência numa altura em que se abre um novo ciclo eleitoral, tanto no partido como no país.

O PS junta-se, a partir desta sexta-feira, no seu 24.º Congresso, na FIL, em Lisboa, já com um novo líder. E a juventude partidária quer pressionar os socialistas para atuar em medidas viradas para os mais novos.

“A JS pretende assegurar que este momento de renovação geracional é o momento para olharmos para os desafios para esta geração”, resume Miguel Costa Matos, líder da JS, em declarações à Renascença.

Ao mesmo tempo pede que a "renovação geracional não seja só no líder". Costa Matos quer que isso se estenda às listas de deputados para as próximas legislativas.

Pedro Nuno Santos vai dar mais atenção aos jovens do que António Costa? “António Costa não teve pouca sensibilidade para os jovens, pelo contrário, e Pedro Nuno Santos fá-lo-á também”, esvazia Costa Matos.

Ponto a ponto, olhamos para as ideias que a JS inscreveu na moção que vai levar ao Congresso do PS que quer depois ver vertidas em políticas- caso os socialistas voltem a vencer as eleições.

Jovens não têm de dar entrada para comprar casa

A mira está num dos problemas que têm marcado a atualidade no último ano: habitação. A subida dos preços pressiona quem tem casa, mas ao mesmo tempo, barra (muitas vezes) o acesso à compra de casa a quem ainda não o fez. Neste caso, os jovens são especialmente afetados.

A JS propõe que as pessoas até aos 30 anos tenham direito ao financiamento de 100% da habitação própria. A ideia é evitar que quem entrou recentemente no mercado de trabalho não tenha de dar a entrada de 10, 20 ou 30 mil euros para contrair o empréstimo.

Colocar Estado a comparticipar nos aumentos salariais dos jovens

“Temos de competir com países onde se ganha mais lá como empregado de mesa do que cá como engenheiro”, diagnostica Miguel Costa Matos.

Para fazer face a isso, a JS propõe que o Estado comparticipe em metade dos custos nos aumentos salariais superiores a 5%. A medida já funciona para funcionários que estão ao abrigo de contratação coletiva.

A Juventude Socialista quer “alargar aos jovens, que não têm culpa”, argumenta o secretário-geral da JS.

Abolir a propina até 2030

É uma das imagens de marca da JS. Apesar de já ter sido inscrita nas moções da JS e aprovada, nunca foi realmente executada por parte dos últimos Governos de António Costa.

Recentemente foi aprovada uma medida que prevê a devolução da propina. “Devemos assumir o compromisso para que ela reduza gradualmente para que deixe de ser cobrada nas licenciaturas”, pede Costa Matos.

Além disso, a Juventude Socialista pede instrumentos para fazer face à “propina escondida”, referindo-se ao alojamento para os estudantes deslocados. Nessa área querem alargar os apoios para os jovens pertencentes a famílias de classe média.

Legalizar a cannabis

Também não é novo e, nesta área, as juventudes partidárias do PS e PSD concordam: a cannabis deve ser legalizada para fins recreativos (já o é para fins medicinais).

Na argumentação, a JS defende que a cannabis é menos prejudicial à saúde do que o tabaco ou o açúcar e isso garante um melhor o produto e ao ser legal gera dinheiro e emprego para a economia portuguesa.

Costa Matos acredita que está cada vez mais próxima a aprovação: “O PS já se comprometeu com um grupo de trabalho”, lembra.

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