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Subida do crédito à habitação. PSD quer ouvir a banca, o regulador e a DECO

26 set, 2022 - 17:49 • Rosário Silva , com Redação

De acordo com o PSD, “1,33 milhões de famílias, ou seja, 3,3 milhões de portugueses” vão ficar sujeitos ao aumento das suas prestações de crédito à habitação.

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O Partido Social Democrata (PSD) quer ouvir, com "urgência", na Assembleia da República, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Vitor Bento e a direção da DECO, a Associação Portuguesa para a Defesa do consumidor, por causa da subida das prestações no crédito à habitação.

Num requerimento divulgado esta segunda-feira, dirigido ao presidente da comissão de Economia, os sociais-democratas afirmam que a “subida das taxas de juro pelos bancos centrais norte-americano e europeu para contrariar a inflação” acabaram por “traçar um panorama preocupante, entre outros, para o mercado da habitação”.

Em declarações à Renascença, o deputado Paulo Rios afirma que o Parlamento é o lugar próprio para esclarecer todas as questões que inquietam os portugueses.

“Entendemos que o Parlamento é o melhor local para ouvir as entidades próprias sobre esta situação”, e procurar saber “quais são as saídas, se existem, as que eles defendem e quais são os perigos, pois este é um assunto que preocupa muito as pessoas”, refere, Paulo Rios.

No mesmo documento, o PSD admite que “1,33 milhões de famílias, ou seja, 3,3 milhões de portugueses” vão ficar sujeitos ao aumento expressivo das suas prestações de crédito à habitação.

Os sociais-democratas acenam com simulações difundidas pela comunicação social para alertar que as prestações mensais do crédito à habitação entre janeiro deste ano e julho do próximo podem aumentar até 59%.

O deputado considera urgente que os portugueses sejam esclarecidos, numa altura em que não há muitas dúvidas quando ao agravamento da situação.

“Qual é a situação, o que é que se pode prever, embora haja alguma volatilidade, nós sabemos uma coisa, isto vai agravar-se de forma acentuada e, portanto, vamos ouvir no melhor local, que é o Parlamento, órgão de fiscalização do Governo, o que é que está para acontecer ou o que é que os portugueses podem esperar que aconteça”, acrescenta.

Tudo, garante, com “responsabilidade e com serenidade”, porque é importante “falar dos problemas”.

O PSD recorda ainda dados dos Eurostat, segundo os quais “os preços das casas em Portugal aumentaram 65% enquanto as rendas subiram 25% entre 2010 e 2021 e acima dos valores médios da União Europeia”, o que “fez aumentar expressivamente o valor médio dos empréstimos”.

Razões suficientes, entende o grupo parlamentar social-democrata, para requerer a audição “com caráter de urgência” de Mário Centeno, governador do banco central, Vítor Bento, presidente da APB, e a direção da DECO.

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