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Covid-19

PCP cancela comício dos 100 anos e faz 100 ações no país

11 fev, 2021 - 10:06 • Lusa

Evento estava agendado para 6 de março, no Campo Pequeno, em Lisboa.

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O PCP cancelou, devido à pandemia, o comício do centenário do partido no Campo Pequeno, em Lisboa, em 6 de março, que será substituído por 100 ações em todo o país, foi anunciado esta quinta-feira.

A informação do cancelamento do comício, que "se considerou nas condições atuais não ser adequado realizar", surge no meio de um artigo na edição do Avante, órgão oficial dos comunistas.

Para o substituir, os comunistas organizam uma iniciativa sob o lema "100 anos, 100 ações".

A iniciativa agora cancelada foi anunciada há cerca de um ano, no 99.º aniversário do PCP, no último comício do partido antes do confinamento geral devido à pandemia, em 11 de março de 2020.

Será um "vasto conjunto de iniciativas, centrado nos problemas do país, dos trabalhadores e do povo", estando anunciada uma "ação" em Lisboa, no Rossio, em que participa o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, lê-se no artigo do Avante.

Os comunistas garantem que nestas 100 ações "serão garantidas as condições sanitárias, dando mais uma prova de que é possível continuar a intervir e a lutar e ao mesmo tempo proteger a saúde".

O comício do centenário estava previsto para o Campo Pequeno, em Lisboa, um local simbólico para o partido, onde se realizou o primeiro grande comício do PCP a seguir ao 25 de Abril, com Álvaro Cunhal (1913-2005), o líder histórico dos comunistas portugueses.

O surto epidemiológico da Covid-19 levou a uma redução das agendas dos líderes dos partidos, com mais ações à distância ou com menos pessoas, e até o cancelamento de congressos partidários.

Portugal está a viver pela segunda vez, em menos de um ano, um confinamento geral, e sob estado de emergência devido à crise epidémica, o que não limita a atividade política nem a realização de eleições, como aconteceu com as presidenciais de 24 de janeiro.

O Partido Comunista Português (PCP) foi criado em 1921 e teve, ao longo da sua história, cinco secretários-gerais, tendo Álvaro Cunhal sido o mais marcante, durante 32 anos, entre 1961 e 1992.

O primeiro, de 1921 a 1929, foi José Carlos Rates, seguindo-se Bento Gonçalves, de 1929 a 1942. Da década de 1940 a 1961 houve um período sem secretário-geral, antes de Cunhal ser escolhido. Carlos Carvalhas foi líder do partido de 1992 e 2004, ano em que é escolhido Jerónimo de Sousa.

Em Portugal já morreram 14.557 pessoas dos 770.502 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.341.496 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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