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PSD critica "falhas injustificáveis" e "excesso de exposição ao contágio" no voto antecipado

18 jan, 2021 - 13:20 • Lusa

David Justino criticou também as declarações ministro da Administração Interna sobre o voto antecipado em mobilidade, considerando que a declaração de Eduardo Cabrita “é de tal forma delirante que se cobre de ridículo”.

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O PSD considerou esta segunda-feira que houve “falhas injustificáveis” e “excesso de exposição ao contágio” durante o voto antecipado em mobilidade, que decorreu no domingo, criticando a maneira “amadora e desleixada” como o processo foi conduzido.

“Houve falhas injustificáveis, deficiente organização e excesso de exposição ao contágio. Milhares de cidadãos eleitores não conseguiram votar”, disse o vice-presidente social-democrata David Justino, em conferência de imprensa, na sede do PSD, em Lisboa.

David Justino criticou também as declarações ministro da Administração Interna sobre o voto antecipado em mobilidade, considerando que a declaração de Eduardo Cabrita “é de tal forma delirante que se cobre de ridículo”.

O governante votou domingo, no Barreiro, distrito de Setúbal, para as presidenciais e considerou que o processo correu bem.

“Eu vejo entusiasmo naqueles quase 250 mil portugueses que se registaram para o voto antecipado, que manifestam uma alegria do voto semelhante à alegria do voto nas primeiras eleições democráticas. Significa que, em tempos muito difíceis, em tempos em que estamos todos concentrados no combate à pandemia, temos de afirmar também os valores da democracia”, referiu o ministro.

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O vice-presidente social-democrata acrescentou que o “Governo não pode contribuir para a desmobilização dos eleitores” e também não pode “desvalorizar” as eleições para a Presidência da República.

“Se o Partido Socialista é o derrotado antecipado destas eleições”, prosseguiu, o executivo liderado por António Costa “não poderá enveredar pelo mesmo caminho”.

Respondendo aos jornalistas, David Justino disse que tem “esperança que, da parte do MAI e da CNE, se tenha aprendido com os erros que foram registados e que se possa retificar” o que correu mal para futuros atos eleitorais.

Os eleitores que estão infetados e, por isso, não puderam votar no domingo e estão impedidos de sair de casa para votar no dia 24 de janeiro, assim como os idosos residentes em lares que o desejem, podem votar entre terça e quarta-feira e o voto será recolhido nos lares ou nos locais onde as pessoas infetadas estão a cumprir o isolamento obrigatório.

Contudo, os eleitores que, por via de infeção pelo SARS-CoV-2, fiquem obrigados a estar isolados durante esta semana, estarão impedidos de votar.

Interpelado sobre esta questão, o “vice” do PSD considerou que essas são “situações excecionais que precisam de medidas excecionais”.

No entanto, considerou ser “tarde para adotar essas medidas excecionais e, portanto, aquilo que se está a ver é que não há resposta atempada e antecipada para este tipo de situações, porque ou não foram previstas ou então não se deu o devido valor”.

O social-democrata reiterou que as resoluções das lacunas no processo de votação poderiam ser resolvidas com a introdução do voto eletrónico e por correspondência.

Milhares de eleitores que optaram por exercer o voto antecipado em mobilidade para as presidenciais depararam-se com longas filas e confusão generalizada para encontrar as secções de voto. Há casos reportados de pessoas que aguardaram pelo menos duas horas numa fila para poderem votar.

À luz destes acontecimentos – a Comissão Nacional de Eleições (CNE) reconheceu, inclusive, que houve falhas no processo - o PSD considerou que o Ministério da Administração Interna (MAI) “dispunha de toda a informação para organizar e planear todo o processo” e que o fez “de forma amadora e desleixada” que levou até “à própria desistência” de alguns eleitores.

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