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Chega diz que problemas do SEF não se resumem à morte do cidadão ucraniano

10 dez, 2020 - 16:01 • Lusa

Sublinhando que o caso “é grave”, André Ventura ressalvou que o SEF “tem que sobretudo ser reorientado para a sua eficiência e para a sua eficácia, no combate sobretudo à criminalidade e à imigração ilegal”.

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O líder do Chega considerou esta quinta-feira que a morte de um cidadão ucraniano por inspetores do SEF “foi muito grave”, mas advertiu que os problemas da instituição não se resumem a este episódio e alertou para a “imigração ilegal” no Algarve.

“Por um lado, é grave aquilo que aconteceu, por outro, os problemas do SEF não se resumem a esta situação. Os problemas do SEF são muito sérios, são de eficiência muito significativa e, portanto, o que nós gostávamos de ver era neste momento era uma reorganização do SEF para aumentar a sua eficiência no combate, por exemplo, à imigração ilegal no Algarve e não simplesmente por base em episódios esporádicos”, declarou André Ventura, deputado único do Chega, em declarações aos jornalistas, no parlamento.

Sublinhando que o caso “é grave”, Ventura ressalvou que o SEF “tem que sobretudo ser reorientado para a sua eficiência e para a sua eficácia, no combate sobretudo à criminalidade e à imigração ilegal”.

A 23 de outubro, Eduardo Cabrita remeteu para o período da presidência portuguesa da União Europeia um eventual acordo de migração legal com Marrocos para impedir a rota de imigração ilegal na costa algarvia.

Desde dezembro de 2019 chegaram ao Algarve seis embarcações com 97 migrantes.

Questionado sobre ilações políticas, o deputado do Chega respondeu que “já deveriam ter sido tiradas há muito tempo”, referindo-se aos incidentes no Algarve com imigrantes ilegais.

Ventura considerou que o ministro já deveria ter assumido responsabilidades "há mais de um ano”, rematou.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, vai ser ouvido no parlamento na terça-feira sobre o caso da morte de um ucraniano, em março, nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), disse hoje à Lusa fonte parlamentar.

Na quarta-feira, a diretora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Cristina Gatões Batista, demitiu-se das suas funções.

No mandato de Cristina Gatões, três inspetores do SEF foram acusados de envolvimento na morte de um cidadão ucraniano, Ihor Homenyuk, nas instalações do serviço no aeroporto de Lisboa, a quem agrediram violentamente e que deu origem à demissão do diretor e do subdiretor de Fronteiras do aeroporto.

Segundo o Ministério da Administração Interna, o processo de reestruturação do SEF deverá estar concluído no primeiro semestre de 2021 e será coordenado pelos diretores nacionais adjuntos José Luís do Rosário Barão - que agora assume o cargo de diretor em regime de substituição - e Fernando Parreiral da Silva.

Como resultado de um inquérito aberto pela Inspeção-Geral da Administração Interna foram instaurados oito processos disciplinares a elementos do SEF.

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