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Debates quinzenais. Ana Catarina Mendes pede ao PS que se "honrem compromissos" com outros partidos

23 jul, 2020 - 12:58 • Susana Madureira Martins

Líder parlamentar do PS alerta, em reunião do grupo parlamentar, que votar contra o fim dos debates quinzenais "põe em causa" a "revisão global" do regimento.

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A habitual reunião da bancada do PS começou atrasada mais de uma hora, foi antecedida de uma reunião entre a direção do grupo parlamentar presidido por Ana Catarina Mendes e epois perante os deputados na intervenção inicial a líder da bancada lançou alguns recados perante a possibilidade de haver desalinhados na votação desta quinta feira em relação à norma que prevê o fim dos debates quinzenais.

Ana Catarina Mendes salientou nessa primeira intervenção que o grupo de trabalho encerrou os trabalhos e que é preciso "honrar compromissos com todos os partidos com que se trabalha", ou seja os compromissos com o PSD, que também apresentou proposta patra acabar com o modelo, acrescentando a líder parlamentar socialista que "não se pode mudar à última hora" de posição.

Numa reunião muito participada, onde está presente Jorge Lacão, que já esta quinta feira anunciou o voto contra o fim dos debates quinzenais, desalinhando com a posição oficial da direção da bancada, Ana Catarina Mendes salientou que a proposta apresentada pelo PS foi feita "com a maior exigência de transparência" e que "a proposta honra os compromissos do grupo de trabalho e as vontades políticas das direções".

Também foi dito pela líder da bancada socialista que "o grupo parlamentar sendo autónomo as pessoas têm de votar com liberdade", de resto como é tradição entre os deputados do PS.

Ana Catarina Mendes assumiu que na bancada não estão "todos de acordo e que há divergências", mas apelando a que não se torne dramatize esta questão e que "não deve deve ser essa a linha do grupo parlamentar".

Depois a líder da bancada defendeu que o fim dos debates quinzenais é uma "proposta muito significativa" e que se não for adiante "põe em causa a revisão global" do regimento que o PS queria.

Num último apelo na intervenção à porta fechada que fez na Sala do Senado do parlamento, Ana Catarina Mendes disse que não quer que o grupo parlamentar seja percepcionado "lá fora de bons e maus", acrescentando que "somos todos bons", tendo havido a seguir uma salva de palmas à líder parlamentar.

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  • Cidadao
    23 jul, 2020 Lisboa 20:24
    Um grupelho partidário de pseudo-democratas quer aumentar a opacidade da vida politica e da ação governativa, amparado pelo PSD-do-Parolo-Do-Norte. Espera-se uma intervenção do Presidente da república, contra este crime de lesa-democracia. O seu cargo exige-o. Isto não é só beijinhos e abraços. Queremos que venha ao combate.

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