01 ago, 2024 - 13:25 • Hugo Monteiro , João Malheiro
O diretor do serviço de Pneumologia da ULS de Coimbra considera que é inevitável que, a breve prazo, seja criado um programa de rastreios do cancro do pulmão, em Portugal.
No Dia Mundial do Cancro do Pulmão, Carlos Robalo Cordeiro realça, à Renascença, que um diagnóstico precoce garante maior probabilidade de sobrevivência a mais de 50% dos doentes.
O especialista reconhece que um sistema de rastreio implica um custo, "mas é um custo com um elevado benefício", porque fará "completamente a diferença".
O ex-presidente da Sociedade Respiratória Europeia defende que Portugal terá mesmo de estabelecer, a breve prazo um plano de rastreio e lembra que já há propostas nesse sentido e até uma recomendação da Comissão Europeia.
"É algo que não tem sido tão fácil de implementar, mas é obrigatório. Está a acontecer por toda a Europa", realça.
Quando forem elaborados, os rastreios devem focar-se, sobretudo, em grupos de risco, "quer pela idade, quer pelos hábitos tabágicos", explica Carlos Robalo Cordeiro.
O pneumologista descreve, ainda, o processo como "complexo" e aponta que vai exigir "uma coordenação de várias especialidades".