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Nova urgência de Ginecologia do Santa Maria abre na segunda-feira

30 jul, 2024 - 12:13 • Hugo Monteiro , Olímpia Mairos

Para já, vão ser atendidas grávidas até às 22 semanas. Em outubro, todo o serviço deverá estar a funcionar em pleno.

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Operários ultimam acabamentos na novas urgências de obstetrícia e maternidade do Hospital Santa Maria. Foto: Tiago Petinga/Lusa Foto: Tiago Petinga/Lusa
Operários ultimam acabamentos na novas urgências de obstetrícia e maternidade do Hospital Santa Maria. Foto: Tiago Petinga/Lusa Foto: Tiago Petinga/Lusa

A nova urgência de Ginecologia do Hospital da Santa Maria abre na próxima segunda-feira. A informação foi confirmada à Renascença pelo presidente do conselho de administração da unidade hospitalar.

Carlos Martins revela que, de início, vão ser atendidas grávidas até às 22 semanas. Em outubro, todo o serviço deverá estar a funcionar em pleno.

“São as novas urgências, o novo espaço de urgência de ginecologia. Vamos atender grávidas até às 22 semanas, está dentro do nosso plano de ação, portanto, estamos a cumprir o plano de ação que tínhamos, que era começar a abrir gradualmente, por fases, o novo espaço”, explica o responsável.

Segundo Carlos Martins, “são 1.000 m² fantásticos, com excelentes condições para as mulheres, mas também excelentes condições, naturalmente, para os nossos profissionais”.

O presidente do conselho de administração da unidade hospitalar adianta que, a meio de agosto, serão abertos o primeiro bloco cirúrgico e os primeiros dois quartos de indução de partos e, depois, em setembro, será aberta, faseadamente, o resto da maternidade.

“Para entrarmos em velocidade de cruzeiro, para adquirirmos a normalidade em outubro, ou seja, a partir de 1 de outubro, estarmos com a nossa capacidade plena de trabalho”, especifica.

Nestas declarações à Renascença, Carlos Martins faz contas ao investimento que inclui um reforço dos recursos humanos, indicando que o valor do investimento, nesta fase que está a terminar, são seis milhões de euros.

“Não podemos esquecer que há aqui um investimento que já está aprovado, que é um investimento de quatro milhões com reforço de capital humano, ou seja, anualmente vamos ter mais quatro milhões de encargos, ou seja, de investimento no nosso capital humano, que é essencial para que tudo funcione bem”, explica

O responsável acrescenta ainda que a paragem de um ano “significa que não tivemos a capacidade máxima e que perdemos receitas, sensivelmente de 30 milhões de euros. Do ponto de vista económico-financeiro, o esforço de investimento da instituição e do Serviço Nacional de Saúde são 40 milhões”, completa.

Reforço das equipas médicas, de enfermagem e administrativas

Certo é que o Hospital de Santa Maria vai reforçar as equipas médicas, de enfermagem e até as administrativas.

O responsável diz que perderam oito médicos o ano passado, esclarecendo que no plano de ação estava previsto o reforço de 10 médicos.

“Já temos cinco, dois já começaram ou começarão de setembro. Esperamos que os outros comecem a trabalhar com os contratos assinados em agosto, início de setembro, e continuamos a trabalhar para ter mais cinco, ou seja, para atingir aquilo que foi a dotação de reforço que consideramos”, aponta.

Já em termos da área de enfermagem, dos técnicos auxiliares de saúde, dos assistentes técnicos e da área administrativa, está previsto um reforço, para este ano, de 70 profissionais, e, no próximo, ano 50.

Num outro plano, o presidente do conselho de administração do Hospital de Santa Maria confirma que as cirurgias que foram adiadas recentemente, devido à escassez de reservas de sangue, já foram realizadas ou já estão marcadas, destacando a forte adesão às dádivas nos últimos dias, pelo que será possível voltar, em breve, à normalidade.

“A desmarcação de 11 cirurgias, das quais seis já foram realizadas e as outras cinco estão marcadas, ninguém saiu prejudicado, não eram cirurgias urgentes, não eram cirurgias oncológicas”, garante Carlos Martins.

No entanto, o responsável assinala que “há aqui um dado que é transversal ao país”. “Há uma falta de unidades tipo A e, portanto, nós, naqueles dias específicos, não tínhamos a quantidade suficiente de unidade”, diz, sublinhando “a excelente mobilização dos profissionais e de algumas empresas”.

“Estamos com muito mais colheitas do que aquilo que estava a ser a mediana há umas semanas atrás: Portanto, acreditamos que haverá alguma normalidade”, conclui.

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