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Governo anuncia mais polícias para Lisboa e Porto

23 jul, 2024 - 20:51 • Susana Madureira Martins

Ministra da Administração Interna aposta no policiamento a pé nas ruas das principais cidades, em resposta aos alertas das autarquias e da população.

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Governo anuncia mais polícias para Lisboa e Porto

A ministra da Administração Interna garante que o policiamento de Lisboa e Porto vai ser reforçado. Margarida Blasco falava esta terça-feira à tarde aos jornalistas, em Queluz, após a entrega de viatura à GNR.

Confrontada com as recentes queixas do autarca de Lisboa, Carlos Moedas, e de presidentes de junta sobre a insegurança na capital, a ministra diz que o policiamento a pé vai ser reforçado.

“Vão ser destacados mais elementos a acrescentar aos operacionais que já são afetos a estas duas cidades [Lisboa e Porto] e vão decorrer ações de policiamento a pé, que é sobretudo nessa vertente que as pessoas se sentem mais seguras”, avançou Margarida Blasco.

“Foi feito um levantamento exaustivo sobre este sentimento de segurança ou de insegurança. Além destas ações em Lisboa e Porto, não nos podemos esquecer do resto do país. Vão ser feitas também ações nas zonas balneares, na praia, na floresta, no campo”, salientou.

A ministra da Administração Interna explica que haverá um aumento do policiamento não só em Lisboa e Porto, mas um pouco por todo o país e em zonas consideradas sensíveis, num total de 800 agentes apeados na rua.

Margarida Blasco entregou esta terça-feira 26 viaturas e diverso equipamento à GNR, que será usado na prevenção e combate a incêndios.

“Estas viaturas e as pessoas vão ser deslocadas para os locais mais vulneráveis e críticos em matéria de incêndios. Há um conjunto de outros instrumentos. Foi também feito um investimento de vários milhões de euros em coletes balísticos”, sublinha a ministra.

Na quinta-feira, dezenas de moradores da freguesia de Santa Maria Maior participaram numa sessão pública para se queixarem do aumento da insegurança que se vive nesta zona do centro histórico da capital e pedir mais policiamento.

Assaltos a viaturas e a lojas, consumo de droga em plena luz do dia e agressões físicas foram algumas das situações relatadas por dezenas de pessoas que se juntaram no Hotel Mundial, no Martim Moniz, para participar numa sessão pública de esclarecimento, promovida pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, que engloba comporta os bairros de Alfama, Baixa, Chiado, Castelo, e Mouraria.

Em declarações à Renascença, o presidente da Câmara de Lisboa pediu mais polícia nas ruas da capital.

“Lisboa é uma cidade segura, mas temos visto pelos números não só um aumento da criminalidade, mas da criminalidade violenta ou feita com maior violência. Isso não pode acontecer, temos que travar imediatamente algum aumento ou uma maior violência da criminalidade. Temos que ter mais polícia na rua e visibilidade”, defendeu Carlos Moedas.

O presidente da Câmara de Lisboa diz que é responsabilidade do Governo colocar mais polícias nas ruas para travar a insegurança, de que se queixam os moradores.

No concelho do Porto, os moradores e a junta de freguesia de Ramalde também alertaram para uma onda de assaltos nos últimos tempos. A Renascença ouviu as queixas dos residentes naquela área do Porto.

Perante estes alertas de insegurança, a PSP negou o aumento da criminalidade violenta e grave nas freguesias de Santa Maria Maior, em Lisboa, e de Ramalde, no Porto.

A presidente da junta de freguesia de Ramalde, Patrícia Rapazote, defende que há situações de criminalidade que não chegam à polícia e que isso pode justificar os números revelados pela PSP.

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