16 jul, 2024 - 14:27 • Cristina Nascimento
O presidente da Assembleia da República considera que as declarações da Procuradora-Geral da República sobre o funcionamento da justiça deviam ter acontecido mais cedo e noutro local.
José Pedro Aguiar-Branco concorda que Lucília Gago tenha prestado esclarecimentos públicos sobre o setor e sublinha, aliás, que já tinha defendido que o fizesse.
Há uma semana, Lucília Gago concedeu uma entrevista à RTP. Num primeiro comentário público sobre essa intervenção, o presidente da Assembleia da República considera que devia ter sido feito mais cedo e no Parlamento.
“Se tivesse acontecido há muito mais tempo, e podia ter sido feito, estaríamos com menos razões para ter juízos que foram feitos e que eram desproporcionados ou descabidos em relação à atuação do Ministério Público. Quanto mais tivesse acontecido lá atrás, mais credibilidade teríamos tido no setor da justiça”, começou por dizer Aguiar-Branco, em declarações aos jornalistas.
O presidente da Assembleia da República defende ainda que a intervenção devia ter sido feita no Parlamento por considerar que “é o lugar por expressão de maior dignidade nos órgãos de soberania, porque é o local onde estão os representantes do povo”.
“É uma coisa boa ir ao Parlamento, é uma coisa positiva ir ao Parlamento”, reforça.
Aguiar-Branco falava em Lisboa, no ISCTE, à margem da apresentação do estudo “A Atitude dos Portuguese Face à Justiça”.