27 mar, 2024 - 06:10 • Anabela Góis
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) apela a dádivas de sangue do tipo A Rh positivo e negativo e O positivo e negativo, numa altura em que o número de novos dadores está em crescimento.
O IPST, que colhe 60% das reservas de sangue do país, garante que tem capacidade para responder às necessidades dos hospitais mas, em alguns tipos, as reservas dão para menos dias, nomeadamente A Rh positivo e negativo e O positivo e negativo.
Maria Antónia Escoval, presidente do IPST, diz à Renascença que o “período de carência habitual no Inverno está a acontecer cada vez mais tarde, e, agora, que vamos entrar no período de Páscoa, precisamos de um reforço de dádivas”.
A culpa é, em parte, do estado do tempo. “Esta instabilidade climática que faz aumentar as infeções respiratórias tem levado a alguma carência, principalmente nos grupos A positivo e negativo e O positivo e negativo”, explica.
Por isso, o IPST faz o apelo: “todas as pessoas destes grupos que possam dar sangue, façam-no, porque todos os dias são precisas entre 1.000 e 1.100 unidades”.
Maria Antónia Escoval assegura, no entanto, que não há falta de sangue, mas as reservas dão para menos dias. “A nossa reserva estratégica, que nós contamos em dias, é que tem uma diminuição nos grupos que eu referi. Nós conseguimos sempre responder às necessidades, temos é reservas para menos dias”.
No Dia Nacional do Dador de Sangue, que se assinala esta quarta-feira, a presidente do IPST diz que a boa notícia é que estão a aumentar as pessoas que dão sangue pela primeira vez, e estão a aumentar em todas as faixas etárias.
“Ainda não temos dados nacionais, mas em 2023 no IPST (que colhe 60% do total a nível nacional. O restante é da responsabilidade de 24 serviços de Imunohemoterapia em hospitais) registaram-se mais pessoas de primeira vez do que o total a nível nacional de 2022”.
A média de idades dos dadores de sangue ronda os 40/41 anos e há cada vez mais jovens, explica Maria Antónia Escoval,
“Dos 18 aos 24 anos, os dadores têm vindo a crescer de ano para ano, mas temos pessoas que dão sangue pela primeira vez em todos os grupos etários”, assinala a presidente do ISPT.