22 mar, 2024 - 07:40 • André Rodrigues
A falta de professores e a crise tecnológica nas escolas, com milhares de computadores avariados, são as principais preocupações da presidente da Confederação das Associações de Pais (Confap).
Em declarações à Renascença, no último dia de aulas antes da pausa letiva da Páscoa, Mariana Carvalho lembra que "milhares de alunos continuam sem professor a muitas disciplinas" e que o problema é ainda mais grave "nos casos em que vai haver avaliações e exames".
A preocupação é redobrada num quadro de indefinição quanto à realização de avaliações em modo digital e numa altura em que os professores de Informática anunciam uma greve, com milhares de computadores avariados nas escolas.
Por tudo isto, a presidente da Confap faz um balanço "preocupante" do ano letivo até agora decorrido.
Quando o terceiro período de aulas começar, a 8 de abril, o novo Governo liderado por Luís Montenegro já estará em funções e, com ele, um novo responsável pela Educação que, na opinião da presidente da Confap, deve dar prioridade à valorização dos professores.
"Se é com o descongelamento do tempo de serviço, ou com outra medida qualquer, eu não sei. Mas temos de repensar a estabilidade dos professores, para que se sintam felizes, na escola, na carreira e no seu ambiente profissional", sublinha.
Por outro lado, Mariana Carvalho diz ser "muito importante olharmos para a questão dos assistentes operacionais" que, para além de serem em número reduzido, não têm o reconhecimento que as associações de pais consideram ser justo.
"Já tínhamos feito propostas ao Governo ainda em funções, mas não obtivemos resposta", remata a presidente da Confap.