26 set, 2022 - 09:20 • Olímpia Mairos
Para responder às necessidades atuais da população idosa, Portugal necessita de mais 4.500 camas. Os dados são da Associação Mutualista Montepio (AMM), entidade responsável pela maior oferta privada para a terceira idade em Portugal, citados pelo jornal digital Dinheiro Vivo.
Segundo a AMM, o setor tem atualmente uma capacidade de 102. 555 camas, distribuídas por 2. 540 residências seniores, número considerado manifestamente insuficiente tendo em conta que o nosso país tem 2,3 milhões de pessoas com 65 anos ou mais e cerca de 700 mil acima dos 80.
Se não forem encontradas soluções, o problema tenderá a agudizar-se a cada ano.
O aumento dos atuais 2,4 milhões para 3,3 milhões de idosos em 2050 fará o atual défice aumentar para 24 mil.
Com a população a envelhecer, a esperança de vida a aumentar, e os problemas de saúde e demência, será necessário encontrar respostas privadas e sociais.
Neste contexto, face à elevada escassez de oferta em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI), de cuidados continuados integrados e de saúde mental, a associação mutualista está já a estudar a expansão da sua rede de Residências Montepio.
O investimento nesta área enfrenta, no entanto, sérias dificuldades. De acordo com Ricardo Reis, partner e diretor de avaliação & advisory da Cushman & Wakefield (C&W), citado pela publicação, “a mensalidade numa residência privada ronda os 1.500 a 2. 000 euros - há mais caras -, e os portugueses não têm dinheiro para pagar estes preços”.
Uma oferta que não é para muitos bolsos tendo e conta que a pensão média paga pela Segurança Social é inferior a 500 euros e a da Caixa Geral de Aposentações ronda os 1.300 euros.