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Covid-19. Não atingir imunidade de grupo “não é nenhum drama”

11 ago, 2021 - 13:08 • Paula Caeiro Varela , Marta Grosso

Bernardo Gomes, médico de saúde pública, reage às declarações do pai da vacina da AstraZeneca, dizendo que as vacinas “protegem bem contra a morte”, mas que “não nos podemos fiar na vacinação dos outros”.

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Atingir a imunidade de grupo contra a Covid-19 está a ser mais complexo do que se previa por causa da alta transmissibilidade da variante Delta, mas isso não deve ser encarado como um drama, diz o médico Bernardo Gomes.

“Isso não deve ser visto como um drama. Já havia um esforço de algumas pessoas [cientistas] para começarem a introduzir esse tema”, começa por dizer à Renascença, na sequência das declarações do diretor do centro de vacinas da Universidade de Oxford no Parlamento britânico.

“Nós não devemos estar a alicerçar as nossas expectativas na imunidade de grupo, porquê? Porque as vacinas que temos protegem-nos efetivamente bastante bem contra a morte, contra a hospitalização – os dados são inequívocos, as vacinas funcionam – no entanto, o que se está a passar é que as infeções não estão a ser evitadas na proporção suficiente para bloquear a infeção comunitária”, explica.

Por isso, defende a vacinação do “máximo número de pessoas que conseguirmos. É a única conclusão que se deve tirar dessa afirmação: não nos podemos fiar na vacinação dos outros, de quem nos rodeia, para estarmos mais seguros relativamente à infeção”.

Na terça-feira, Andrew Pollard, diretor do ‘Oxford Vaccine Group’, disse aos deputados britânicos que “não será possível” atingir a imunidade de grupo e defendeu que “o foco [da comunidade científica e política] não deve estar em como combater novas variantes, mas em como prevenir que as pessoas morram ou vão para o hospital”.

No entender deste especialista, está claro que “a variante Delta infeta as pessoas que foram vacinadas” e que, por isso, “qualquer pessoa ainda não vacinada será confrontada com o vírus, em algum momento” – inviabilizando assim a imunidade de grupo.

Bernardo Gomes desdramatiza e diz que é preciso continuar a vacinar. “Nesta altura, é prosseguir com a vacinação dentro do possível, mesmo se houver alguma hesitação, porque efetivamente nos não podemos depender de quem nos rodeia. Temos de dar o nosso contributo, temos de nos vacinar para podermos estar mais protegidos individualmente e poder dar algum contributo coletivo de defesa”.

“A única coisa que está em causa quando nós falamos em não se poder alcançar a tal imunidade de grupo é que não conseguimos bloquear a circulação do vírus de uma forma tão efetiva com prevíamos. Mas temos outras formas, como a utilização da máscara e outras cautelas. Não é, portanto, uma notícia dramática; é uma notícia que é consequência de uma variante de mais elevada transmissibilidade, mas que não irá de alguma forma prejudicar os próximos passos e aquilo que já estava pensado”, resume.

Andrew Pollard também se mostra defensor da vacinação no sentido de reduzir o número de pessoas hospitalizadas e de óbitos com Covid-19.

Ainda segundo este especialista, nos “próximos seis meses”, o novo coronavírus passará da fase epidémica à fase endémica, “que é a convivência com Covid-19”, tendo o sistema de saúde ainda de lidar com os doentes com sintomas graves da doença.

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  • Ivo Pestana
    11 ago, 2021 Funchal 13:16
    Claro que a vida continua, mas é triste andarem a enganar o povo, com populismos.

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