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Covid-19

Terceira dose de vacina precisa de "maior robustez científica"

09 ago, 2021 - 16:55 • Lusa

Todos os dias "vão surgindo dados novos" e será em função deles que o Governo tomará "as decisões certas, no tempo adequado", diz o secretário de Estado da Saúde.

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O secretário de Estado Adjunto e da Saúde reiterou hoje que "é necessário haver consolidação dos dados científicos e uma maior robustez científica" para tomar a decisão de administrar uma terceira dose de vacina contra a covid-19.

"Para tomarmos decisões certas no tempo adequado é necessário que estes dados e que esta consolidação seja feita", disse António Lacerda Sales aos jornalistas, no final da sessão comemorativa do Dia do Município de Gouveia.

Aludindo ao dinamismo da ciência, o secretário de Estado lembrou que todos os dias "vão surgindo dados novos" e será em função deles que o Governo tomará "as decisões certas, no tempo adequado".

Questionado se o aumento de surtos em lares pode justificar a inevitabilidade de uma terceira dose da vacina, explicou que "na imunidade existem muitos fatores e muitos critérios".

"É da consolidação de todos estes dados, da importância que também têm os estudos serológicos em lares e noutros segmentos", que "sairá uma decisão, no tempo certo, e a decisão certa, no momento adequado", acrescentou.

Segundo António Lacerda Sales, também relativamente à vacinação na faixa etária entre os 12 e os 15 anos "todos os dias vão surgindo dados novos" e "há uma adaptação à realidade que tem de ser muito dinâmica".

"Ainda este fim de semana surgiram estudos, nomeadamente norte-americanos, em que não havia sinais de alerta, grandes sinais de risco, relativamente à vacinação desta faixa dos 12 aos 15 e também estudos a nível europeu", afirmou.


No seu entender, caminha-se "no sentido de consolidar esses dados" e, por isso, "a muito breve prazo, a Direção-Geral da Saúde tomará a sua decisão, em função desta consolidação de dados".

"No dia de hoje, não há uma decisão definitiva, mas no dia de amanhã ou de depois de amanhã pode haver, pela dinâmica que a ciência tem em se readaptar", frisou, lembrando que "há países que já tomaram diferentes opções", mas Portugal está "a aguardar e a ganhar algum tempo" para tomar a decisão "com segurança".

O secretário de Estado mostrou-se confiante de que serão cumpridas as metas para, no final de setembro, Portugal atingir 85% da população vacinada.

Nesse âmbito, pediu aos jovens com 16 e 17 anos que auto agendem a sua vacinação, apesar de estarem em período de férias.

"Para nós é muito importante que, nas próximas três semanas, as pessoas se auto agendem para poderem ser vacinadas", sublinhou.

A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) defende que professores e funcionários devem realizar testes serológicos e receber nova dose da vacina contra a Covid-19 para evitar o regresso ao ensino à distância, que traria "efeitos catastróficos" para os alunos.

O estudo do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra que concluiu que três meses após a toma da vacina os anticorpos começam a baixar deixando as pessoas menos protegidas contra a Covid-19, está a preocupar a comunidade escolar que pede medidas urgentes ao Governo.

A pouco mais de um mês do arranque de um novo ano letivo, os diretores sublinham que não são cientistas, mas sabem que é preciso “fazer tudo para que as escolas não voltem a fechar”.

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