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Custos da violência de género em Portugal chegam aos 8,4 mil milhões/ano

07 jul, 2021 - 06:59 • Lusa

Estudo europeu diz que este tipo de violência continua a ser pouco denunciada e que os países também precisam de dados para terem uma ideia real do número de vítimas.

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A violência de género custa aos países europeus mais de 366 mil milhões de euros anualmente, estima o Instituto Europeu para a Igualdade de Género, segundo o qual em Portugal esse valor rondará os 8,4 mil milhões de euros.

De acordo com o estudo do Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE, na sigla em inglês), a estimativa de custos com a violência de género será de 366.322.108.190 euros por ano, no global dos 27 estados-membros da União Europeia.

“A violência contra as mulheres representa 79% deste custo, chegando aos 289 mil milhões de euros”, refere o instituto.

Especificamente no caso de Portugal, o EIGE calcula que a violência de género custe todos os anos cerca de 8,4 mil milhões de euros, 6,68 mil milhões dos quais referentes à violência de género contra as mulheres.

A análise do EIGE abrange também o custo da violência em contexto de relações de intimidade, que, em Portugal custa 4,04 mil milhões de euros por ano, sendo que dentro desse valor 3,49 mil milhões dizem respeito a casos de violência contra mulheres.

No global dos 27 países, a violência em contexto de relações de intimidade custa quase 175 mil milhões de euros por ano, 86,8% dos quais referentes a casos contra mulheres, ou seja, quase 152 mil milhões de euros.

De acordo com o EIGE, estes resultados são cerca de um terço mais elevados do que os da estimativa anterior.

“O novo estudo do EIGE desconstrói os diferentes custos da violência de género, com o maior custo a ter origem no impacto físico e emocional (56%), seguido do custo nos serviços de justiça criminal (21%) e nas perdas ao nível da economia (14%)”, lê-se no documento.

Outros custos podem incluir serviços de justiça, por exemplo, no caso de divórcios ou de regulação de responsabilidades parentais, ajuda ao nível de habitação ou proteção das crianças.

“Como a violência de género continua pouco denunciada, os países também precisam de dados para terem uma ideia real do número de vítimas”, defende o EIGE, lembrando que a recolha detalhada de dados sobre as diferentes formas de violência de género “é uma obrigação ao abrigo da Convenção de Istambul, que todo os países da UE assinaram e 21 ratificaram”.

Em comunicado, a diretora do EIGE sublinha que a vida humana, a dor e o sofrimento não têm preço, mas defende que conhecer o custo da violência pode ajudar os países europeus a canalizarem recursos financeiros para onde é realmente necessário e onde pode haver uma melhor relação entre custo e benefício.

“O dinheiro gasto no apoio às vítimas não é suficiente, com os serviços como as casas de abrigo a representarem apenas 0,4% do custo da violência de género”, sublinha Carlien Scheele.

Defende ainda que os vários países têm de investir mais em ações que previnam a violência contra mulheres e protejam as vítimas, sublinhando que se trata não só de um imperativo moral, mas também de poupar dinheiro.

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  • Pedro Martins
    07 jul, 2021 Santarém 10:01
    Ou seja, quando uma mulher se divorciar e/ou se encontra num processo de regulação de responsabilidades parentais e pede apoio, isso é considerado de custo de violência de género contra a mulher. E se no mesmo enquadramento estiver um homem, será que é igualmente considerado violência de género contra o homem?

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