06 jul, 2021 - 11:00 • Anabela Góis , Olímpia Mairos
A Liga dos Bombeiros Portugueses garante apoio aos filhos da bombeira de Carnaxide que morreu atropelada, quando assistia duas pessoas que tinham sofrido um acidente na A5, em Oeiras.
Catarina Pedro, de 31 anos, estava de folga e, por isso, poderá não haver lugar a indemnização do seguro.
O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses avança à Renascença que vai ser acionado o Fundo de Proteção Social dos Bombeiros e que será dado apoio a quem ficar responsável pelos menores, se tiver um rendimento inferior a 438 euros, e diretamente também às crianças.
“A Liga tem um fundo que agora vai ver quem são as pessoas responsáveis das crianças”, afirma Jaime Marta Soares, explicadondo que vai ser verificado “o rendimento da avó e se o rendimento for inferior a um IAS [Indexante dos Apoios Sociais] vamos dar a compensação desse valor."
“As crianças vão ter todo o apoio de infantários, creches, no que elas necessitarem, até completarem a maioridade. Vão ser amparadas pelo Fundo de Proteção Social de Bombeiro”, garante
Este responsável insiste na necessidade de considerar que a função de bombeiro é de alto risco. Uma reivindicação antiga da Liga, a que até agora nenhum Governo respondeu. “Há muito tempo que andamos a lutar na Assembleia da República e contra o Estado.”
Segundo Marta Soares, “o bombeiro estando - fardado ou desfardado - em qualquer local é necessário para socorrer alguém” e vai sempre fazê-lo, quer se trate de um profissional ou de um voluntário.
“Era justo que aquilo que nós temos vindo a defender - da função de bombeiro ser considerada de alto risco para, em qualquer situação e numa questão de prestação de socorro - ser sempre coberto pelo seguro”, conclui.
A morte de Catarina Pedro mereceu o lamento de Marcelo Rebelo de Sousa e do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. Os dois manifestaram profunda consternação pela morte da bombeira, sublinhando que cumpriu a missão de ajudar, mesmo não estando de serviço.