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​Observatório AlenRiscos. Alentejo combate comportamentos aditivos nas escolas

02 jun, 2021 - 12:59 • Rosário Silva

Encabeçado pela Universidade de Évora, o projeto “único a nível nacional” vai estudar o consumo de substâncias psicoativas e comportamentos aditivos no contexto escolar das turmas do 3º Ciclo do ensino básico.

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Para avaliar os consumos e comportamentos de risco em todas as escolas do Alentejo é lançado, nesta quarta-feira, o Observatório AlenRiscos.

Trata-se de um projeto “único, a nível nacional” e que tem como finalidade o estudo do consumo de substâncias psicoativas e comportamentos aditivos no contexto escolar dos 7º, 8º e 9º anos de escolaridade de todas as escolas da região.

“O conhecimento profundo destas realidades deve constituir uma prioridade”, tendo em conta que “as escolas são essenciais na criação de dinâmicas preventivas no que toca ao uso e abuso das substâncias psicoativas”, considera Manuel Lopes, professor do Departamento de Enfermagem da Universidade de Évora (UÉ) e investigador do CHRC (Comprehensive Health Research Centre).

O coordenador do Observatório AlenRisco lembra também que é “nas salas de aula e nos vários contextos escolares que as crianças crescem e os jovens amadurecem”, daí que se justifique a elaboração de um estudo “com observação anual dos consumos e comportamentos de risco nos estabelecimentos de ensino”.

Neste sentido, acrescenta o professor da UÉ, "a avaliação do perfil do uso de drogas e comportamentos de risco numa dada população permite o desenvolvimento de programas mais realistas”, mais ainda se a pesquisa for “realizada longitudinalmente”, pois “passa a fornecer indicadores fundamentais para a avaliação dos resultados de intervenções eventualmente implementadas num dado período".

Para Manuel Lopes, a concretização deste projeto é “pertinente e oportuno”, sendo fundamental “o envolvimento de toda a comunidade escolar assim como parceiros estratégicos com atuação na área da saúde, educação, investigação e intervenção social”.

O investigador e coordenador do Observatório alerta para o facto do consumo de substâncias psicoativas e os comportamentos aditivos no contexto escolar “constituírem hoje um sério problema de saúde pública”, confrontando a comunidade educativa “com enormes desafios no sentido do desenvolvimento de uma resposta única, integrada e pragmática para um fenómeno em constante evolução”.

A assinatura de um protocolo interinstitucional relativo ao Observatório AlenRiscos, acontece nesta quarta-feira. Além dos investigadores da Universidade de Évora, associam-se ao projeto outras entidades, como a Unidade de Intervenção Local em Comportamento Aditivos de Évora - DICAD da Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARSA), a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares através dos seus serviços regionais e o Departamento de Saúde Pública da ARSA.

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