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Mais 2,3 milhões para reforçar a vigilância e controlo costeiro da GNR

02 abr, 2021 - 12:20 • Redação com Lusa

Investimento visa um novo sistema de identificação automática de embarcações e múltiplas câmaras de vigilância. Notícia é conhecida na semana em que mais um barco com migrantes clandestinos chegou ao Algarve.

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O Governo aprovou 2,3 milhões de euros para reforçar a vigilância e controlo costeiro da Guarda Nacional Republicana. Este anúncio é feito na semana em que mais um barco com migrantes clandestinos chegou ao Algarve.

A maioria da verba para o projeto vem de fundos comunitários, que vão cobrir 75% dos custos, correspondendo a 1,7 milhões de euros, revela uma nota gabinete do anunciou o Ministério da Administração Interna (MAI) enviada às redações.

“Reforçar o controlo da navegação marítima e aumentar os níveis de segurança interna a nível nacional e da União Europeia é um dos principais objetivos a atingir com o novo Sistema de Identificação Automática (AIS, siga em inglês) de embarcações e múltiplas câmaras de vigilância”, explica o MAI.

As novas câmaras de vigilância irão ampliar as potencialidades do Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC), que é gerido e operado pela Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR.

A UCC é a unidade responsável pelo cumprimento da missão da GNR com competências de vigilância, patrulhamento e interceção terrestre ou marítima em toda a costa e mar territorial.

A sua importância é cada vez mais maior devido ao papel que tem no controlo da maior fronteira externa marítima da UE, na segurança da pesca, na investigação criminal contra o tráfico de droga e de seres humanos e no acompanhamento de fluxos migratórios.

A dimensão de Guarda Costeira da GNR envolve a conclusão, que está ainda em curso, da rede de radares da GNR na Madeira e o seu alargamento posterior aos Açores.

No início desta semana, chegou à praia de Vila Real de Santo António, no Algarve, uma embarcação clandestina. Este foi o sétimo desembarque de migrantes na costa algarvia desde Dezembro de 2019.

O último tinha-se dado a 15 de setembro de 2020, quando as autoridades intercetaram o grupo de migrantes que desembarcou ilegalmente na ilha Deserta, em Faro, e se colocou em fuga de seguida.

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  • José Manuel Cabecada
    02 abr, 2021 Porto 21:51
    Mais areia para os olhos do povo. As panteras que chegam não têm AIS. A GNR quer ter cada vez mais valências mas depois não faz nenhuma bem e torna-se num sorvedouro de recursos, humanos e financeiros.
  • Perguntas
    02 abr, 2021 (In)Cómodas 14:54
    E com este investimento, a costa vai finalmente ficar segura ou continua a bastar um barco de borracha para cá meter gente que podem ser criminosos ou recrutados para gangues? Vamos finalmente poder dispensar os telefonemas para as autoridades, feitos por pescadores ou por pessoas que por acaso "andavam por ali" e viram os desembarques, enquanto a Marinha, a GNR e o controle costeiro estavam ocupados "a ver o Big Brother"? Vai haver um verdadeiro controle da zona costeira ou isto é mais dinheiro para as empresas dos "amigos"?

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