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Covid-19 pode ter chegado a Portugal no final de janeiro de 2020

26 fev, 2021 - 12:08 • Joana Gonçalves

Estudo do INSA estima que o contágio ocorrido na região da Lombardia, por volta do dia 21 de fevereiro, tenha originado cerca de 4 mil casos de Covid-19 em Portugal.

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Os primeiro casos de Covid-19 em Portugal podem ter sido introduzidos no país em janeiro de 2020, antes de oficialmente notificadas as primeiras infeções por SARS-CoV-2.

De acordo com um estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), divulgado esta sexta-feira, “ apesar dos primeiros casos de COVID-19 notificados reportarem a dois de março de 2020, terão existido potenciais introduções ainda no final de janeiro e a grande maioria terá ocorrido a partir da última semana de fevereiro”.

O mesmo artigo revela, também, que até ao final de março do ano passado terão entrado em Portugal 277 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, com origem em 36 países diferentes.

Cerca de três quartos das pessoas infetadas vieram do Reino Unido (34%), Espanha, França, Itália e Suíça, "mas foram igualmente identificadas introduções de muitos outros países, tais como os Emirados Árabes Unidos, Argentina, Brasil, Grécia, Países Baixos, Andorra e Islândia”, lê-se no documento.

"O Reino Unido foi o país que terá contribuído com mais introduções. Contudo, essas introduções tiveram um impacto diferente na pandemia. Enquanto algumas levaram a cadeias de transmissão limitadas, outras tiveram um grande impacto. Nesse aspeto a Itália destaca-se, no sentido em que, embora tenha tido menos introduções, foi responsável por muitos casos em Portugal", explica, em entrevista à Renascença, Vítor Borges, um dos autores deste estudo.

Estima-se que um contágio ocorrido na região da Lombardia, por volta do dia 21 de fevereiro, tenha originado cerca de 4 mil casos de Covid-19 em Portugal, dispersos por 44 municípios de 11 distritos, quase exclusivamente na Região Norte e Centro.

Quanto ao elevado número de casos que escaparam à identificação das autoridades de saúde, Vítor Borges defende que "os critérios de definição do que era suspeito e testado eram diferentes e na altura não havia ainda restrições de viagem".

"Tendo em conta o que conhecemos atualmente do vírus, que uma grande parte das infeções são assintomáticas, é natural que algumas delas tenham fugido ao radar das equipas de saúde pública", acrescenta o investigador do Núcleo de Bioinformática do Departamento de Doenças Infeciosas do INSA.

A investigação foi realizada em colaboração com o Instituto Gulbenkian de Ciência e contou com a participação de uma rede laboratorial de mais de 60 laboratórios espalhados pelo país.

A análise tem por base a sequenciação genómica do SARS-CoV-2 de casos de diagnosticados em Portugal, até 31 de março.

[Notícia atualizada às 16h55 com declarações do investigador Vítor Borges]

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