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Coronavírus

Portugal tem de ter humildade para aceitar ajudas, diz bastonário

31 jan, 2021 - 19:19 • André Rodrigues e Guilherme Correia da Silva

Miguel Guimarães acredita que o espírito humanista e solidário revelado demonstra o melhor da União Europeia.

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Perante a pressão nas unidades de cuidados intensivos, as forças armadas alemãs vão enviar médicos e equipamento para Portugal.

De acordo com a revista alemã “Der Spiegel”, essa ajuda deverá chegar em breve e deve incluir 27 médicos e paramédicos, mais material, embora os detalhes ainda estejam a ser ultimados. À Renascença um porta-voz do Ministério da Defesa alemão não confirma em que consistirá a ajuda, dizendo que apenas deve ser confirmado na segunda-feira.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, diz que Portugal tem de ter a humildade de aceitar estas ajudas.

“A questão da Ajuda da Alemanha, estamos a precisar de capital humano diferenciado, não precisamos de médicos indiferenciados, precisamos de médicos que nos ajudem salvar vidas, e os cuidados intensivos têm de facto aqui uma deficiência, no sentido de que o número de doentes internados aumentou tanto e obviamente precisamos de ter a humildade de perceber que precisamos de ajuda e aceitar a ajuda dos países da União Europeia”, explica.

Também a Áustria está disponível para receber doentes portugueses internados em unidades de cuidados intensivos.

Através da sua conta no Twitter, o chanceler austríaco Sebastian Kurz não especifica o número de pacientes que o país vai receber, mas sinaliza a solidariedade europeia numa altura em que, segundo diz, é necessário ajudar a salvar vidas rapidamente e sem burocracias.

Miguel Guimarães diz que este espírito demonstra o melhor que a União Europeia tem para oferecer.

“Esta ajuda da Áustria é particularmente relevante porque nos permite dar alguma folga naquilo que são os cuidados intensivos no país e este espírito humanista e solidário da Áustria mostra que a União Europeia serve para alguma coisa.”

Portugal está a atravessar o pior momento da pandemia desde o seu início no país, em março de 2021, tendo registado perto de 300 mortos por dia ao longo das últimas semanas.

[Notícia corrigida às 19h40]

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