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Covid nos Açores. Risco de transmissão terá descido “de forma drástica” em Rabo de Peixe

14 dez, 2020 - 10:46 • Marta Grosso com redação

Os últimos resultados devem ser conhecidos na terça-feira, mas o coordenador da pandemia no arquipélago está otimista, tendo em conta as medidas tomadas.

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O risco de transmissão comunitária da Covid-19 em Rabo de Peixe é já muito reduzido, diz à Renascença o coordenador do combate à pandemia nos Açores.

A população foi testada em massa depois da deteção de um surto. “119 pessoas foram identificadas inicialmente como positivas e foram retiradas da vida da comunidade. Agora, até ontem, foram identificados 17 novos casos associados a contactos também, que já estavam isolados, e durante o dia de hoje vamos ainda ter resultados relativamente a este rastreio. Possivelmente, ainda vamos encontrar mais pessoas positivas”, começou por dizer Gustavo Tato Borges.

“No entanto, como essas pessoas já estavam fechadas em casa, já não havia vida na comunidade por causa da cerca sanitária até ontem. À partida, o risco de transmissão do vírus vai descer de forma drástica a partir dos dados que devem sair ainda durante o dia de amanhã”, considera.

A cerca sanitária imposta nesta vila terminou à meia-noite (zero horas desta segunda-feira), duas semanas depois de ter sido imposta. Neste momento, há registo de um total de 136 casos de infeção pelo novo coronavírus.

Porque o final do primeiro período escolar se aproxima, as escolas decidiram manter-se encerradas.

“Não é uma decisão por necessidade de saúde pública, não é pelo risco da infeção nas escolas, porque essa situação está controlada, é apenas uma decisão da parte da educação no sentido de que não valia a pena, não era benéfico para as crianças regressarem às aulas durante cinco dias e depois pararem outra vez”, explica Tato Borges à Renascença.

“Até mesmo para os professores – que não sabiam o que iriam fazer, não havia um plano de estudo adaptado a estes cinco dias – preferiu-se manter as escolas encerradas. Mas, volto a repetir que não é uma situação de risco para a saúde pública, mas uma decisão organizacional da parte da educação”, reforça o coordenador do combate à pandemia no arquipélago açoriano.

Rabo de Peixe, uma vila com cerca de dez mil habitantes, registava, no final de novembro, 61 casos de Covid-19. A cerca sanitária começou no dia 1 de dezembro.

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