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Epidemiologista

"Situação está controlada" mas arranque de aulas pode levar a mais casos

07 set, 2020 - 10:47 • Fátima Casanova com redação

Especialista Henrique Barros participa esta segunda-feira na reunião que junta especialistas, políticos e parceiros para falarem da evolução da pandemia, desta vez no Porto.

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Apesar do aumento de casos de Covid-19 registado em Portugal a situação está controlada. Esta é a opinião do epidemiologista Henrique Barros, que esta tarde vai falar sobre o regresso às escolas na reunião que junta especialistas, políticos e parceiros para debaterem a evolução da pandemia, no Porto.

“As situações estão objetivamente controladas. Temos momentos de aumentos por surtos, por aparecimentos de grupos de casos em situações particulares muito ligadas à transmissão intrafamiliar”, disse à Renascença.

Mas o presidente do Instituto de Saúde Pública do Porto admite que ser previsível um aumento de casos quando o ano escolar abrir, por isso, defende que temos de estar atentos e nunca desvalorizar a doença. “Senão tivermos a preocupação de estarmos em estado de alerta criam-se as condições para haver um aumento marcado da infeção.”

Em relação à situação nos lares, Henrique Barros diz ser preciso melhorar o treino dos profissionais nestas instituições e admite que houve quebra nos sistemas de proteção. “É possível que as razões que fizeram com que houvesse um surto num determinado lar não são necessariamente as mesmas que estiveram presentes noutra. Há várias circunstâncias que podem levar a que haja essa quebra”, considera.

As chamadas “reuniões do Infarmed” são retomadas esta segunda-feira com um novo modelo, novos oradores e num novo local. As vacinas e ano letivo são os temas que voltam a juntar políticos e especialistas, desta vez no Porto. A parte expositiva feita por especialistas pode ser seguida através da conta Youtube do Governo.

Estas reuniões, que surgiram por iniciativa do primeiro-ministro, com um objetivo de partilha de informação, começaram no dia 24 de março e decorreram até 8 de julho, em 10 sessões no auditório do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos da Saúde, em Lisboa, inicialmente semanais e depois de periodicidade quinzenal.

No final das sessões, tornou-se habitual o chefe de Estado fazer uma síntese das conclusões aos jornalistas, tendo ao seu lado o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República. Os representantes dos nove partidos com assento parlamentar falavam em seguida.

Segundo o último balaço da DGS, desde o início da pandemia Portugal registou 1.840 mortes e 60.258 casos de infeção. Há ainda a assinalar 42.953 recuperados.


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