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Inquérito

​Covid-19. Mais de metade dos profissionais de saúde está em “burnout”

01 jun, 2020 - 13:22 • Redação

Médicos, enfermeiros e outros profissionais em Portugal que estão “na linha da frente do combate” à Covid-19 apresentam “sinais significativamente mais elevados não só de ‘burnout’, mas também de stress e de ansiedade”, sendo que 35% apresentam mesmo “elevados níveis de exaustão”.

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Cerca de 52% dos profissionais de saúde apresentam sinais de exaustão física ou psicológica e “burnout” na sequência da pandemia de Covid-19, indicam os resultados preliminares de um estudo divulgado esta segunda-feira.

O inquérito online, realizado por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), CINTESIS e Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto (ESE.P. PORTO), decorreu entre os dias 9 e 18 de maio e abrangeu quase 1.500 profissionais de saúde.

O estudo “Impacto da COVID-19: o papel da resiliência na depressão, na ansiedade e no burnout em profissionais de saúde” concluiu que problema atinge, sobretudo, os profissionais de saúde que estão “na linha da frente do combate” à Covid-19, que apresentam “sinais significativamente mais elevados não só de ‘burnout’, mas também de stress e de ansiedade”.

Cerca de 51% dos profissionais de saúde admitem estar em “exaustão física ou psicológica” e mais de 52% referem estar em “’burnout’ por causa do trabalho que desenvolvem”, sendo que 35% apresentam mesmo “elevados níveis de exaustão”.

“Estes resultados parecem indicar que a Covid-19 resultou na exacerbação de problemas ao nível da saúde mental, com particular impacto emocional e físico nos profissionais de saúde que se encontram na linha da frente”, referem as coordenadoras do estudo, Ivone Duarte, investigadora da FMUP e CINTESIS; e Carla Serrão, investigadora da ESE.P. PORTO e do centro de investigação InED.

O estudo concluiu que, durante a atual pandemia, os profissionais de saúde enfrentam “exigências sem precedentes, como a mortalidade elevada, o racionamento de equipamentos de proteção individual, a pressão inerente ao sentido profissional de dever para com os doentes, o medo do contágio e dilemas éticos profundos de racionamento do acesso a ventiladores e outros materiais essenciais”.

Outro facto que contribuiu para o aumento dos níveis de stress é a dificuldade e “necessidade de conciliação entre vida familiar e profissional”.

A investigação considera que a capacidade de resiliência e a satisfação com a vida podem estar, de algum modo, “a amortecer o impacto da Covid-19”.

Apesar da exaustão física e psicológica manifestadas, “cerca de 80% dos profissionais de saúde consideram-se capazes de enfrentar situações difíceis e potencialmente stressantes”.

Dos 1.500 profissionais de saúde que participaram no questionário, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos e técnicos de diagnóstico e terapêutica, 28% trabalham diretamente com pessoas infetadas com o novo coronavírus, 23% já fizeram o teste à infeção e 75% consideraram ter os equipamentos de proteção individual necessários para o desempenho da sua atividade profissional.

Depois destes primeiros resultados preliminares, os investigadores vão centrar o seu trabalho nas características que poderão interferir nas diferenças registadas ao nível da saúde mental dos profissionais que se encontram na linha da frente da luta contra a Covid-19 e dos que não estão diretamente envolvidos, tendo como próximo objetivo “apoiar o seu bem-estar psicológico e resiliência e garantir a sua recuperação gradual e global”.

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  • Martins
    01 jun, 2020 LX 15:04
    "Burnout" ? querem dizer que os profissionais se sentem esgotados, é isso? Uso e abuso de termos ingleses revela na minha opinião alguma displicência no uso do português.

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