Tempo
|

28,02%
77 Deputados
28%
78 Deputados
18,07%
50 Deputados
4,94%
8 Deputados
4,36%
5 Deputados
3,17%
4 Deputados
3,16%
4 Deputados
1,95%
1 Deputados
4,02%
3 Deputados
  • Freguesias apuradas: 3092 de 3092
  • Abstenção: 40,16%
  • Votos Nulos: 2,93%
  • Votos em Branco: 1,39%

Total esquerda: 91Mandatos
Pan: 1Mandatos
Total direita: 138Mandatos
A+ / A-

Coronavírus. ​Trabalhadores em greve no Hospital de Braga culpam Governo pela paralisação

10 mar, 2020 - 13:27 • Lusa

Hospital de Braga é uma das unidades de referência para o surto de coronavírus.

A+ / A-

Os trabalhadores do Hospital de Braga, uma das unidades de referência para o coronavírus, estão esta terça-feira em greve pela adesão de "todos" aos Acordos Coletivos de Trabalho, com o sindicato a afirmar que o Governo "podia ter evitado" aquela paralisação "com a marcação de uma data".

Em declarações à Lusa, o representando do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), Orlando Gonçalves, culpa o Governo de estar a fazer 'show off' com a preocupação em relação ao Covid-19, dizendo que "quando podia agir" não o fez.

O sindicalista salientou que a administração do Hospital de Braga "tem mostrado boa vontade".

O STFPSN exige que os trabalhadores do Hospital de Braga sejam integrados nos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) para "acabar com as discrepâncias salariais e de direitos" naquela unidade de saúde provocadas pela passagem da gestão do hospital de pareceria público privada (PPP) para pública, em setembro de 2019, mas sem alteração no estatuto de trabalhadores que mantinham contratos individuais de trabalho com o antigo gestor.

Orlando Gonçalves referiu ainda que a adesão à greve "foi forte", sem, contudo, avançar números concretos, tendo estado no "pico" da concentração frente ao Hospital de Braga cerca de 150 trabalhadores.

Lembrou que para quinta-feira está marcada nova jornada de luta, igualmente com o cumprimento de uma greve e de uma concentração frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

"Temos aqui trabalhadores em iguais funções, mas a trabalhar 35 horas e outros 40, e com remunerações distintas. Deu-se mesmo o caso caricato do hospital ter contratado assistentes operacionais que entraram a ganhar mais do que os que aqui estavam, porque entraram pelo contrato coletivo de trabalho", explicou o sindicalista.

Questionado sobre se perante a situação nacional relativa à epidemia de Covid-19, que regista em Portugal 41 casos confirmados e tendo em conta que aquela unidade hospitalar é uma unidade de referência no combate ao novo coronavírus, a greve não poderia ter sido desconvocada, o sindicalista defendeu que não.

"Para isso acontecer bastava o Governo ter marcado uma data para assinatura dos contratos coletivos. Não o fez. A responsabilidade é do Governo e não dos trabalhadores do hospital de Braga, tem sido feito muito 'show off', mas perante uma medida concreta o ministério nada fez", acusou o sindicalista.

À Lusa, por resposta escrita, a administração do Hospital de Braga esclareceu que, "na sequência do processo de adesão aos ACT, o Hospital de Braga remeteu uma minuta de acordo a todos os sindicatos para que manifestassem a sua intenção de adesão".

A essa minuta, acrescenta, "o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte solicitou uma reunião e a definição de uma data para a adesão aos ACT", mas, "tendo em conta que este processo será remetido para aprovação Ministerial e que culminará com a sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego, não é possível ao Conselho de Administração definir uma data para a conclusão do mesmo".

Na resposta, o Hospital de Braga "lamenta que o atual período vivido a nível nacional seja utilizado pelo Sindicato para mediatizar as suas reivindicações".

"De reforçar que, como hospital de referência para casos suspeitos de infeção por coronavírus, independentemente da greve, o Hospital de Braga está preparado e prestará todos os cuidados necessários à população", salientou o Hospital de Braga.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+