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Bielorrússia. Jornalista detido confessa crimes e elogia Lukashenko em entrevista televisiva

04 jun, 2021 - 07:49 • Sofia Freitas Moreira com agências

Família do ativista acredita que terá sido coagido a fazer as declarações. A Bielorrússia anunciou ainda medidas de retaliação contra os EUA, após a entrada em vigor de novas sanções americanas contra Minsk.

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O jornalista e ativista bielorusso Roman Protasevich, detido há quase duas semanas, apareceu numa nova entrevista na televisão estatal bielorrussa, onde confessa ter organizado protestos contra o governo e a elogiar o presidente Lukashenko.

À agência Associated Press, a família de Protasevich garante que foram declarações feitas sob coação.

A entrevista, transmitida na quinta-feira, mostra o jovem jornalista de 26 anos a dizer que é responsável pelos crimes de que é acusado, apelando ainda seus aliados a não voltarem a sair às ruas e para se distanciarem de Svetlana Tikhanovskaia.

Para além disso, Protasevich, antigo editor do Nexta, no Telegram (que transmitiu protestos contra o chefe de Estado e é considerado uma das principais fontes de informação da oposição), tece elogios ao presidente bielorrusso e acusa a Polónia e a Lituânia – os dois países em que esteve exilado – de apenas serem assertivos nas críticas ao governo bielorrusso por quererem “aprovação” do Ocidente.

Roman Protasevich foi detido no passado dia 23 de maio, quando seguia num voo da Ryanair em direção a Vilnius. Quando o avião entrou em espaço aéreo bielorrusso, uma suposta ameaça de bomba levou a que fosse desviado para Minsk, com o ativista, juntamente com a sua namorada Sofia Sapega, a ser detido pelas autoridades bielorrussas.

Protasevich pode enfrentar 15 anos de prisão por acusações de ter organizado protestos contra o regime.

Bielorrússia anuncia medidas de retaliação contra Estados Unidos

A Bielorrússia anunciou, esta sexta-feira, medidas de retaliação contra Washington, incluindo a redução do pessoal diplomático dos Estados Unidos no país, após a entrada em vigor de novas sanções americanas contra Minsk.

"Não podemos ignorar esse movimento hostil", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia, Anatoly Glaz, em comunicado, após entrada em vigor, esta sexta-feira, das sanções económicas dos EUA contra nove empresas estatais bielorrussas.

As medidas de resposta bielorrussas incluem a "redução do pessoal diplomático, administrativo e técnico" da embaixada dos Estados Unidos em Minsk e "o endurecimento do procedimento para a emissão de vistos para a Bielorrússia", indica o comunicado.

A Bielorrússia também retirou a autorização para que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) possa trabalhar no país.

Em Washington, o porta-voz da diplomacia americana Ned Price confirmou que Minsk o notificou dessas decisões, que "entrarão em vigor a 13 de junho".

"Infelizmente, foram as autoridades bielorrussas que fizeram com que as nossas relações chegassem a este ponto, com sua implacável e crescente repressão contra os seus cidadãos", disse Ned Price.

As sanções dos Estados Unidos contra nove empresas estatais bielorrussas voltaram a ser impostas em abril, em resposta à repressão aos protestos pró-democracia na Bielorrússia que se seguiram à reeleição considerada "fraudulenta" pelos EUA do Presidente Alexander Lukashenko em agosto.

As sanções contra a Bielorrússia já tinham sido iniciadas em 2006, quando os Estados Unidos proibiram todos os negócios com essas empresas, na sequência de eleições também contestadas.

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