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Estudo

Doenças provocadas pelo tabaco mataram 7,7 milhões de pessoas em 2019

28 mai, 2021 - 00:41 • Lusa

China lidera a lista dos 10 países com mais fumadores em 2019, totalizando 341 milhões de consumidores de tabaco: um em cada três fumadores no mundo vivia há dois anos na China.

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O tabagismo matou 7,7 milhões de pessoas em 2019, ano em que o número de fumadores aumentou para 1,1 mil milhões, revelam estimativas mundiais divulgadas esta sexta-feira, acrescentando que 89% dos novos fumadores ficaram viciados aos 25 anos.

As estimativas são divulgadas pela revista médica The Lancet, que publica três estudos com dados sobre a prevalência do tabagismo em 204 países, em homens e mulheres com 15 ou mais anos, incluindo idade de iniciação ao consumo de tabaco, doenças associadas e riscos entre fumadores e ex-fumadores.

Impostos mais altos sobre o tabaco, fim da adição de sabores, como mentol, em todos os produtos contendo nicotina, proibição da publicidade ao tabaco na internet, incluindo nas redes sociais, e mais espaços livres de fumo são medidas apontadas para prevenir o tabagismo entre os mais jovens.

Os estudos, sintetizados num comunicado da The Lancet, são publicados em vésperas do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala na segunda-feira.

A China lidera a lista dos 10 países com mais fumadores em 2019, totalizando 341 milhões de consumidores de tabaco: um em cada três fumadores no mundo vivia há dois anos na China.

Depois da China, seguem-se Índia, Indonésia, Estados Unidos, Rússia, Bangladesh, Japão, Turquia, Vietname e Filipinas. Juntos, estes países representam quase dois terços da população de fumadores mundial.

Cerca de 87% das mortes mundiais associadas ao fumo do tabaco ocorreram entre fumadores ativos. Apenas 6% dos óbitos envolveram pessoas que tinham deixado de fumar há pelo menos 15 anos.

Em 2019, o tabagismo esteve ligado a 1,7 milhões de mortes por isquemia cardíaca, a 1,6 milhões de mortes por doença pulmonar obstrutiva crónica, a 1,3 milhões de mortes por cancro da traqueia, brônquios e pulmão e quase um milhão de mortes por acidente vascular cerebral.

Segundo estudos anteriores, pelo menos um em cada dois fumadores de longo prazo morrerá de causas diretamente relacionadas com o tabagismo, sendo que os fumadores têm uma esperança média de vida 10 anos inferior à dos que nunca fumaram.

Globalmente, um em cada três homens e uma em cada cinco mulheres fumava, em 2019, o equivalente a 20 ou mais cigarros por dia.

De acordo com as estimativas divulgadas pela The Lancet, no mesmo ano havia 155 milhões de fumadores entre os 15 e os 24 anos.

Em países como Bulgária, Croácia, Letónia, França, Chile e Turquia e na região autónoma dinamarquesa da Gronelândia, mais de um em cada três jovens fumavam.

Índia, Egito e Indonésia registaram os maiores aumentos no número de homens jovens fumadores, enquanto Turquia, Jordânia e Zâmbia os maiores aumentos no número de mulheres jovens fumadoras, uma vez que "o progresso na redução da prevalência do tabagismo não acompanhou o aumento da população", acentuando o crescimento de fumadores jovens.

Mundialmente, em média, as pessoas começam a fumar regularmente aos 19 anos. Na Dinamarca, país mais "precoce", a idade média é os 16,4 anos e no Togo, por oposição, é os 22,5 anos.

Na maioria dos países, a idade mínima legal para comprar tabaco é os 16 ou 18 anos. Nos Estados Unidos, Uganda, Honduras, Sri Lanka, Samoa e Kuwait é os 21 anos.

Um dos estudos estima que 273,9 milhões de pessoas usaram em 2019 tabaco de mascar (tabaco moído), que aumenta o risco de cancro oral, sendo que 83% residiam no sul da Ásia.

O país "campeão" no consumo de tabaco de mascar é a Índia (185,8 milhões de consumidores, que representam mais de metade dos utilizadores à escala mundial).

Face aos números, os autores do estudo alertam para a necessidade de "regulamentações e políticas mais fortes" para travar a alta prevalência deste consumo em alguns países asiáticos.

No comunicado, a revista The Lancet adverte que os três estudos apresentam limitações, como o facto de os efeitos do tabagismo na saúde não incluírem o fumo passivo e os dados não englobarem o consumo de cigarros eletrónicos ou produtos de tabaco aquecido.

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