Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Líderes da União Europeia condenam "atividades provocadoras" da Rússia e encomendam relatório

25 mai, 2021 - 00:56 • Lusa

As relações com a Rússia foram alvo de análise por parte dos líderes da União Europeia, numa altura em que se abriu um novo conflito com a Bielorrússia, aliada de Moscovo.

A+ / A-

O Conselho Europeu condenou esta segunda-feira as "atividades ilegais, provocadoras e disruptivas da Rússia contra a União Europeia" e convidou a Comissão Europeia a apresentar, nas próximas semanas, um relatório com "opções políticas" para as futuras relações com Moscovo.

A posição dos 27 consta de conclusões adotadas esta segunda-feira pelos chefes de Estado e de Governo da UE, reunidos em Bruxelas, na sequência de um "debate estratégico" sobre as relações com a Rússia, já previsto para o anterior Conselho Europeu de março, mas adiado por a cimeira afinal ter sido celebrada em formato virtual, o que suscitava receios de segurança dada a vulnerabilidade das videoconferências.

Nas curtas conclusões adotadas esta segunda-feira, e que não apresentam surpresas face ao previsto, os líderes europeus reafirmam "a unidade e solidariedade da UE face a tais atos", alargando o seu apoio aos "parceiros de Leste" também alvo das interferências russas.

Um ponto das conclusões é expressamente dedicado à "solidariedade com a República Checa" e "apoio à sua resposta", no recente diferendo diplomático que opôs Praga a Moscovo, na sequência da expulsão de diplomatas russos acusados pelas autoridades checas de serem espiões militares.

Tal como previsto, os líderes dos 27 convidam o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, e a Comissão Europeia a elaborarem "um relatório com opções políticas para as relações UE-Rússia", a ser apreciado na próxima cimeira, que decorrerá já no próximo mês de junho.

A terminar, o Conselho Europeu aponta que "a UE vai prosseguir a coordenação com parceiros que pensam da mesma forma".

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia iniciaram ao início da noite de segunda-feira, em Bruxelas, um Conselho Europeu cuja agenda da primeira sessão de trabalhos, ainda em curso ao início da madrugada, era totalmente consagrada a política externa.

Naquela que é a primeira cimeira presencial do ano de líderes da UE em Bruxelas, a agenda da primeira sessão de trabalhos ficou mais "preenchida" com a inclusão de uma discussão sobre sanções suplementares ao regime de Minsk encabeçado pelo Presidente Alexander Lukashenko, na sequência do desvio e aterragem forçada de um voo comercial da Ryanair, na véspera, para a detenção de um opositor.

Os 27 decidiram solicitar às companhia europeias para evitar o espaço aéreo bielorrusso, enquanto banem as transportadoras da Bielorrússia na Europa, exigindo ainda mais sanções contra o regime de Lukashenko.

Em causa está o desvio forçado de um voo da Ryanair para Minsk (Bielorrússia) no domingo à tarde, a meio de uma viagem entre Atenas (Grécia) e Vílnius (Lituânia), que culminou com a detenção do jornalista e ativista bielorrusso Roman Protasevich.

A reunião ainda prossegue, cerca das 01:00 de terça-feira em Bruxelas, agora com os 27 a discutir pela primeira vez as relações com o Reino Unido desde a consumação do "Brexit", no final de janeiro passado, e já à luz da entrada em vigor de forma definitiva, em 01 de maio, do Acordo de Comércio e Cooperação, que rege agora as relações entre as partes.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • JMC
    25 mai, 2021 USA 14:43
    Sendo um típico ditador, Vladimir Putin adora este tipo de condenação pelo Concelho Europeu. Tão angústia por parte das nações democráticas só alimenta mais o ego dele. Sendo um ditador com o objectivo de reestabelecer a “outrora grande glória” do império soviético, Putin tem que dividir, conquistar, e mexer com o bem-estar do mundo ocidental. Putin é ditador; Alexander Lukashenko é o fantoche dele. Agora que estou a pensar, Trump, o seu lacaio por cá nos EUA, é um “wanna-be” ditador.
  • Miguel Marques
    25 mai, 2021 Porto 14:02
    só podem estar a brincar.. e o que a NATO faz à Rússia?!?!? Não se metem com eles e eles não se vão meter convosco... tenham vergonha

Destaques V+