02 mai, 2021 - 20:47 • Lusa
A África do Sul revelou, este domingo, que planeia proibir a criação de leões em cativeiro, seja para fins de caça ou para permitir que os turistas acariciem os filhotes de leões. O objetivo é promover uma imagem mais “autêntica” do país.
Esta decisão foi tomada de acordo com as recomendações de uma comissão encarregada pelo governo de examinar as regras que regulamentam a caça, o comércio e o cativeiro de leões, elefantes, rinocerontes e leopardos.
Numa entrevista a jornalistas, a ministra do Meio Ambiente da África do Sul, Barbara Creecy, explicou que a comissão considerou que “deve-se parar e reverter a domesticação e a reprodução de leões em cativeiro”.
“Não queremos mais criação em cativeiro, caça [animais criados] em cativeiro, carinho [filhotes de leão] em cativeiro, uso de leões em cativeiro”, prosseguiu a ministra, esclarecendo ainda que a comissão pediu que a medida seja “tomada imediatamente para por fim às interações entre turistas e leões em cativeiro”.
A decisão, que ainda não foi legislada, levantará provavelmente a oposição da lucrativa indústria de criação de leões em cativeiro.
A governante explicou ainda que o setor de caça não será afetado por esta decisão: “A caça legal e supervisionada de espécies emblemáticas permitidas pela legislação continuará a ser autorizada."
A caça de leões criados em cativeiro é um assunto controverso na África do Sul há muito tempo. Campanhas para proibir a importação de troféus de leões criados em cativeiro ganharam o apoio crescente nos EUA, Austrália e vários países da Europa nos últimos anos.
Neste caso, "a intenção é a de garantir” que os turistas interessados na “verdadeira caça da vida selvagem” não “vão caçar animais retirados de uma jaula”, advertiu Barbaara Creecy.