Tempo
|

28,02%
77 Deputados
28%
78 Deputados
18,07%
50 Deputados
4,94%
8 Deputados
4,36%
5 Deputados
3,17%
4 Deputados
3,16%
4 Deputados
1,95%
1 Deputados
4,02%
3 Deputados
  • Freguesias apuradas: 3092 de 3092
  • Abstenção: 40,16%
  • Votos Nulos: 2,93%
  • Votos em Branco: 1,39%

Total esquerda: 91Mandatos
Pan: 1Mandatos
Total direita: 138Mandatos
A+ / A-

Manobras russas. Ucranianos em Portugal pedem ao Governo que tome posição

13 abr, 2021 - 23:10 • Lusa

Comunidade ucraniana portuguesa lembra os russos não estão interessados "na existência de uma Ucrânia independente, como já os titulares de altos cargos políticos russos o disseram abertamente".

A+ / A-

A comunidade ucraniana em Portugal manifesta preocupação crescente com o aumento da presença militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia e pede ao Governo português uma tomada de posição política.

Diversas associações e comunidades de ucranianos em Portugal divulgaram esta terça-feira uma carta aberta, endereçada ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, onde é pedida uma “posição política de Portugal” sobre o “aumento das forças ofensivas russas na fronteira com a Ucrânia”.

E defendem ainda “sanções adicionais que contribuirão para desocupação da Ucrânia pela Rússia”.

“A comunidade ucraniana em Portugal está mais uma vez preocupada com as notícias da Ucrânia e vive em constante tensão que a qualquer momento a Federação Russa possa começar uma invasão em grande escala contra a Ucrânia, onde cada um de nós tem familiares e amigos”, pode ler-se na carta a que a agência Lusa teve acesso.

Recordando que muitos membros desta comunidade são já cidadãos portugueses, na carta é manifestada a preocupação com o futuro de Portugal, da Europa e com a possível não integração da Ucrânia “na família europeia”.

“Por isso quando a Rússia mais uma vez ameaça a Ucrânia por causa da sua escolha pró-europeia, recorremos aos governos europeus para ajudar a Ucrânia a se defender contra a agressão de um país que tem um enorme armamento nuclear”, assinalam.

A comunidade ucraniana portuguesa destaca ainda que os russos não estão interessados “na existência de uma Ucrânia independente, como já os titulares de altos cargos políticos russos o disseram abertamente”.

E consideram que sete anos após a anexação da Crimeia e o início da “agressão russa”, os líderes políticos da Rússia “não estão interessados em construir relações pacíficas com a Ucrânia”.

A carta é assinada pela Associação dos ucranianos em Portugal, Associação da Juventude Ucraniana em Portugal, Associação «Pirâmide das palavras», Associação dos Ucranianos do Algarve, Centro educativo e cultural luso-ucraniano «Escola Tarás Shevtchenko», Associação «Fonte Mundo», Associação dos Ucranianos em Portugal «Sobor», Associação «Movimento Cristão dos Ucranianos em Portugal», Associação «Êxito das tendências», Associação Solidaria Anjos de Misericórdia e Associação Cultural de Solidariedade e Apoio - Coração Bondoso.

Ucrânia e Rússia têm-se acusado mutuamente por responsabilidade direta no aumento da intensidade do conflito e o Kremlin já admitiu que reforçou o contingente militar ao longo da fronteira entre os dois países, provocando reações de preocupação por parte da União Europeia e dos Estados Unidos.

O Kremlin argumenta que a Rússia tem todo o direito de deslocar tropas para qualquer zona do seu território, e tem acusado repetidamente os militares ucranianos de “ações provocatórias” ao longo da linha de controlo no leste e planos para retomar pela força as regiões controladas pelos rebeldes pró-russos.

A Ucrânia, que tem agitado a perspetiva de um eventual ataque militar do seu vizinho, acusou a Rússia de ter concentrado mais de 80 mil soldados perto da fronteira leste e da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014 após o triunfo da rebelião “pró-ocidental” em Kiev.

O confronto armado entre as forças ucranianas e rebeldes apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia já custou a vida de cerca de 14 mil pessoas, em sete anos, de acordo com a ONU.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+