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Chuvas torrenciais fazem nove mortos em Timor-Leste. “Pela primeira vez, sinto que o homem é mesmo impotente”

04 abr, 2021 - 08:09 • Pedro Mesquita

Ângela Carrascalão, professora da universidade timorense, faz um relato dramático à Renascença sobre o que a população está a viver. Governo já convocou uma reunião de urgência.

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As chuvas torrenciais que há três dias caem em Timor-Leste já fizeram, pelo menos, nove mortos e desalojaram um número indeterminado de pessoas, sobretudo na região de Díli.

Os dados são da Proteção Civil de Timor, citados pela agência Lusa e confirmados à Renascença pela professora universitária Ângela Carrascalão.

“Sei que a situação é catastrófica, porque já morreram nove pessoas. Tenho o quintal completamente alagado e sei que a vizinhança toda e a população da montanha ficou sem as casas e tiveram de se refugiar nos bombeiros. Muitos tiveram de sair de casa à noite, porque elas ruíram e tiveram de ir para debaixo da chuva”, relata.

“Sei ainda que, na montanha, também a situação não é nada agradável: têm ruído casas e terras. Penso que estamos a viver uma situação de calamidade. É muito grave”, remata.

De acordo com a Proteção Civil timorense, grande parte da capital está inundada, com os leitos das principais ribeiras a transbordar. Fontes governamentais apontam muitas casas destruídas, danos avultados em estradas, edifícios comerciais e também infraestruturas essenciais no combate à Covid-19, incluindo o Laboratório Nacional, no recinto do Hospital Guido Valadares.

O secretário de Estado da Proteção Civil convocou já uma reunião de urgência para avaliar as situações mais urgentes.

As comunicações com Díli e em Dili são, neste momento, muito difíceis e a população está muito assustada.

Ângela Carrascalão admite que a situação e difícil e nunca se sentiu assim.

“A população está muito assustada e, pela primeira vez na minha vida, sinto que o homem é mesmo impotente. Não sei o que é que o Governo poderá fazer para minorar o sofrimento destas populações. Sei que vai ser muito difícil”, afirma à Renascença.

O Governo já convocou uma reunião de urgência para avaliar os casos mais urgentes.

Face à falta de comunicações, é nas redes sociais que se percebe a dimensão da catástrofe.

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