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Pandemia

Covid-19. República Checa rejeita estado de emergência em pico de contágios

11 fev, 2021 - 23:28 • Lusa

Parlamento da República Checa chumbou o alargamento das restrições para travar a pandemia, numa altura em que a taxa de contágio acumulada nas últimas duas semanas é de 914 por 100 mil habitantes, a segunda mais alta da Europa depois de Portugal.

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O parlamento da República Checa, um dos países com maior taxa de contágios pelo novo coronavírus na Europa, recusou esta quinta-feira o pedido do Governo de coligação minoritária para alargar o atual estado de emergência

"O estado de emergência não resolve a qualidade de vida no país nem a eficácia das medidas. É um cheque em branco que permite ao Governo mudar os padrões de comportamento social de uma hora para a outra. Isto afeta 10 milhões de pessoas", disse o líder da oposição Ivan Bartos, do Partido Pirata.

A decisão significa que as medidas nacionais, tais como o encerramento de lojas e locais de entretenimento não essenciais, bem como as restrições à circulação de pessoas, incluindo o atual recolher obrigatório noturno, deixarão de ser aplicáveis a partir da meia-noite de domingo para segunda-feira.

Além disso, a distribuição de vacinas e a sua logística serão entregues às regiões, cujos governos poderão declarar um estado de risco nos seus territórios, habilitando-as a tomar medidas locais para aliviar a situação crítica nos respetivos hospitais.

"Estamos a combater outro tipo de vírus e agora estamos a retirar a arma do Governo para o combater", apelou o Ministro do Interior Jan Hamacek à Câmara, numa referência às mutações do Sars-CoV-2, que - citou - são 40% mais resistentes.

Os comunistas, cujo apoio permitiu à coligação de liberais populistas e sociais-democratas prolongar o estado de emergência em cinco ocasiões, não ofereceram agora o seu apoio ao Executivo, depois de não terem visto cumpridas as suas exigências para a abertura de escolas e estâncias de esqui.

No país da Europa Central, onde o estado de emergência está em vigor desde 05 de outubro, cerca de 10.000 casos continuam a ser comunicados diariamente, com quase 100.000 contágios ativos, cerca de 20 vezes mais do que na vizinha Áustria, que tem uma população semelhante.

Cerca de 5.800 pessoas estão hospitalizadas, incluindo mais de mil em estado grave.

Segundo os últimos dados, a taxa de contágio acumulada nas últimas duas semanas é de 914 por 100 mil habitantes, a segunda mais alta da Europa depois de Portugal, enquanto a taxa de mortalidade é de 176 por milhão de habitantes, apenas atrás de Portugal e da Eslováquia.

Esta quinta-feira foram decretados encerramentos de perímetro de três províncias no norte do país, com incidências entre três a quatro vezes acima da média do país: duas fronteiriças com a Alemanha e outra com a Polónia, devido à elevada incidência.

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