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Covid-19. China autoriza uso da vacina da Sinovac

06 fev, 2021 - 11:43 • Lusa

É a segunda vacina a ser aprovada com caráter condicional, ou seja, pode ser dada às pessoas, mas estudos ainda estão em curso. Tanto a Coronavac como a Sinopharm usam tecnologia tradicional de vírus inativo.

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A autoridade reguladora de medicamentos da China aprovou neste sábado, de forma "condicional", uma segunda vacina contra a Covid-19: a Coronavac da Sinovac, anunciou a empresa farmacêutica.

A autorização vem após vários ensaios da vacina em países como Brasil e Turquia, embora "os resultados em termos de eficácia e segurança ainda não tenham sido confirmados", disse a Sinovac numa nota de imprensa.

Segundo a empresa, o antígeno – vírus inativo – pode ser usado para vacinação "de pessoas a partir dos 18 anos para prevenir doenças causadas pelo coronavírus SARS-CoV-2" e deve ser aplicado em duas doses de 0,5 mililitros cada uma num intervalo de 14 a 28 dias.

A aprovação condicional significa que a vacina agora pode ser dada ao público em geral, embora a pesquisa ainda esteja em curso. A empresa terá de apresentar dados de acompanhamento, bem como relatórios de quaisquer efeitos adversos após a vacina ser vendida no mercado.

É a segunda vacina produzida localmente a receber aprovação condicional. Em dezembro, Pequim autorizou a vacina estatal da Sinopharm.

Tanto a injeção da Coronavac quanto a injeção de Sinopharm são vacinas inativadas de duas doses, contando com a tecnologia tradicional que torna mais fácil o transporte e o armazenamento do que as vacinas da Pfizer, que requerem armazenamento extra frio o que pode fazer a diferença para os países em desenvolvimento com menos recursos.

Na sexta-feira, a empresa chinesa Sinovac apresentou os procedimentos da sua vacina Coronavac contra a Covid-19 perante a autoridade sanitárias do México.

"Temos uma nova vacina no horizonte, da firma Sinovac, que se chama Coronavac", anunciou o subsecretário da Saúde e estratega do Governo mexicano para combater a pandemia, Hugo López-Gatell, precisando que o pedido já foi apresentado na Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris).

No mesmo dia, o secretário dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard, anunciou que a também chinesa CanSino vai pedir autorização para uso de emergência da vacina produzida pela empresa.

Pouca transparência

A vacina da Sinovac foi sujeita a intenso escrutínio e recebeu críticas por falta de transparência, tendo sido apontados diferentes dados de eficácia em diferentes países em todo o mundo.

Enquanto os testes realizados na Turquia mostraram uma eficácia de 91,25%, os dados fornecidos pela Indonésia apontaram para 65,3% e o Brasil baixou os resultados para 50,4% uma semana após o anúncio de 78%.

O ensaio no Brasil envolveu 12.396 voluntários e registou 253 infeções, disse a empresa em comunicado na sexta-feira.

A fase 3 dos ensaios clínicos foi realizada no Brasil, no Chile, na Indonésia e na Turquia, com um total de 25.000 voluntários.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.285.334 mortos resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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