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Espanha

Congresso espanhol rejeita comissão de inquérito a Juan Carlos de Borbón

13 jan, 2021 - 09:50 • Marta Grosso

O Rei emérito de Espanha é suspeito de defraudar o Estado em mais de 120 mil euros por ano, em despesas com cartões de crédito, já depois de ter abdicado do trono.

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O Congresso espanhol rejeitou esta quarta-feira criar uma comissão parlamentar de inquérito ao alegado uso indevido de cartões de crédito pelo Rei emérito Juan Carlos de Espanha, após ter abdicado do trono.

A comissão de inquérito tinha sido solicitada por sete partidos, entre eles o Podemos, que integra o Governo minoritário socialista de Pedro Sánchez, e foi rejeitada com os votos contra do PSOE, do Partido Popular (PP) e do Vox no Congresso dos Deputados, a câmara baixa do Parlamento espanhol.

Antes da votação, a ministra da Defesa, Margarita Robles, defendeu que criar uma comissão de inquérito ao caso "não seria apropriado" face ao risco de derivar num "questionamento" das instituições do Estado espanhol como a Coroa.

"Numa democracia sólida e séria não é bom que as instituições sejam questionadas", declarou à rádio Onda Cero.

Ao longo de 2020, vários outros pedidos de comissões de inquérito à fortuna de Juan Carlos já tinham sido rejeitados, com os votos contra dos socialistas e da direita.

Exilado em Abu Dhabi desde agosto, Juan Carlos de Borbón y Borbón-Dos Sicilias é suspeito de defraudar o Estado em mais de 120 mil euros por ano, em despesas com cartões de crédito.

Como a alegada utilização indevida dos cartões de crédito ocorreu depois de Juan Carlos ter abdicado do cargo em 2014, pode ser investigada como suspeita de branqueamento de capitais.

A par desta questão, o rei emérito de Espanha enfrenta outras duas investigações neste momento, uma delas para apurar se recebeu uma comissão relacionada com a adjudicação a empresas espanholas de um contrato para a construção de um comboio de alta velocidade na Arábia Saudita em 2011.

A segunda investigação em curso está ligada ao alegado branqueamento de dinheiro ligado, segundo a imprensa espanhola, a uma estrutura obscura que faz a gestão de milhões de euros estabelecida na ilha britânica de Jersey, considerada por muitos como um paraíso fiscal.

[corrigido às 19h; uma versão anterior do artigo indicava que o Congresso tinha aprovado a criação de uma comissão de inquérito. Pelo erro as nossas desculpas]

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