Tempo
|

28,02%
77 Deputados
28%
78 Deputados
18,07%
50 Deputados
4,94%
8 Deputados
4,36%
5 Deputados
3,17%
4 Deputados
3,16%
4 Deputados
1,95%
1 Deputados
4,02%
3 Deputados
  • Freguesias apuradas: 3092 de 3092
  • Abstenção: 40,16%
  • Votos Nulos: 2,93%
  • Votos em Branco: 1,39%

Total esquerda: 91Mandatos
Pan: 1Mandatos
Total direita: 138Mandatos
A+ / A-

Postal de Quarentena – Quatre Bornes

Fazendo a diferença nas Maurícias

01 set, 2020 - 06:35 • Rattan Khushiram*

Tal como outros países conhecidos como paraísos turísticos, as Maurícias têm sofrido muito com o confinamento, sobretudo em termos económicos. No plano sanitário as Maurícias tiveram um total de 355 casos e apenas 10 mortos, sem novos casos nos últimos dias.

A+ / A-

Leia também:


De repente tudo mudou. Por todo o mundo as economias estão a ser profundamente afetadas por esta pandemia. Estamos a assistir ao pior abrandamento económico global desde a Grande Depressão. A nossa economia aberta está exposta a riscos externos substanciais, incluindo uma significativa deterioração na procura global pelas nossas exportações de bens e serviços, uma descida abrupta, ou inversão, de influxos de capital para mercados emergentes e um apertar abrupto das condições financeiras globais.

Devido ao confinamento e ao encerramento das nossas fronteiras já nos apercebemos de quão gravemente serão afetados vários setores da economia e haverá despedimentos, com uma estimativa de 17% de desemprego – o que equivale a cerca de 100.000 pessoas – até ao final do ano.

A mais recente projeção apontava para uma contração do PIB de até 11% este ano, o pior de sempre para o nosso país. Com o dinheiro do setor empresarial global a escoar, a depreciação da Rupia e uma taxa de inflação mais alta em relação às economias avançadas (o que resulta numa taxa de câmbio real mais elevada), o rendimento nacional bruto per capita irá cair de forma drástica. Tudo isto levou o Governo a apresentar um grande pacote de medidas para tentar limitar os efeitos socio-económicos.

Mas a triste verdade é que o impacto desta pandemia afeta mais uns do que outros. Os menos afetados podem fazer um esforço para vir em auxílio dos que foram atingidos mais duramente. Para além do que o Governo está a fazer pelos muito pobres e pelo setor informal – aqueles que constam dos registos – achámos que os mais privilegiados, como nós, poderiam estender os braços aos mais necessitados à nossa volta, para os ajudar a enfrentar estes tempos difíceis.

Sabendo das dificuldades dos jornaleiros e dos grupos de rendimento mais baixo, algumas ONG criaram uma espetacular iniciativa de apoio. Estes grupos estavam desempregados desde o início do confinamento e por isso tinham perdido o seu rendimento diário. As ONG apelaram a todos os que pudessem ajudar para contribuir com apoio alimentar e financeiro. Quando estamos prontos para fazer a diferença nas vidas dos outros, o Senhor dá-nos sempre a oportunidade. Muitas ONG mostraram que não eram insensíveis às dificuldades dos jornaleiros, entre as quais a Art of Living, baseada em Wootun e Goodlands.

Em vez de ficar parados, ajudámos esta ONG a angariar amigos e parentes para apoiar, conseguindo assim ter um maior impacto para aliviar o fardo sobre as famílias mais afetadas. Esta determinação em fazer a diferença nas vidas dos outros reacendeu a nossa força interior e a esperança em lutar contra o desespero e a escuridão da doença. Fez-nos perceber que os valores que parecem estar em oposição são, na verdade, complementares. A escuridão glorifica a luz. Parecem ser o contrário um do outro, mas na verdade enaltecem-se. Da mesma forma os desafios realçam a força das pessoas.

Vamos vencer a Covid-19, com a graça de DEUS.


*Rattan Khushirm é ex-diretor de Pesquisa e Sustentabilidade no Ministério das Finanças e de Desenvolvimento Económico das Maurícias. Atualmente trabalha para a Universidade Aberta das Maurícias e como instrutor de Ioga. Tem 67 anos e é casado.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+