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Líbano

Explosão em Beirute. Não há indicação de portugueses feridos mas há um que quer voltar

05 ago, 2020 - 08:10 • Marta Grosso , Marisa Gonçalves entrevista

Secretária de Estado das Comunidades dá conta à Renascença das informações disponíveis até agora. Um português deixou um pedido específico aos serviços consulares.

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O Governo ainda aguarda mais informações, mas, para já, não há indicação de vítimas portuguesas na sequência da violenta explosão que destruiu a zona portuária de Beirute.

Até agora, Portugal só tem indicação de alguns casos de danos materiais, incluindo na casa do próprio cônsul honorário em Beirute, que sofreu o impacto das explosões.

“Até agora, não temos informação de qualquer português que tenha sido ferido gravemente ou até de uma fora ligeira ou que tenha tido algum outro problema além de danos materiais”, refere à Renascença a secretária de Estado das Comunidades.

Berta Nunes adianta que há informação de “vários danos materiais em relação a pelo menos uma situação que foi reportada à embaixada, de um casal que estará de férias e que tem a informação que o seu apartamento foi destruído”.

As informações disponíveis “resultam do pedido que foi feito diretamente pela embaixada aos portugueses que estão inscritos no posto consular, para que reportassem algum problema”, explica ainda.

Português quer visto para a mulher

Durante a noite de terça para quarta-feira, o gabinete de emergência consular recebeu o pedido de um cidadão português, “que vive há cerca de um ano em Beirute, num prédio de apartamentos”, e que pretende regressar a Portugal.

“Felizmente, vivendo no 10.º andar, não teve qualquer problema, embora o rés-do-chão e o primeiro andar tivessem sido destruídos. O que ele pede é ajuda para regressar nestas circunstâncias, uma vez que vai precisar de um visto para a esposa", adianta Berta Nunes.

Este cidadão é casado com uma libanesa e já tinha feito o pedido de visto antes da explosão.

“O que ele disse é que já tinha intenção de voltar e que já tinha um pedido de visto. Pediu-nos que acelerássemos a emissão do visto, para que pudesse regressar o mais breve possível, dada a situação que se vive neste momento em Beirute”, adianta a secretária de Estado à Renascença.

Consulado tem linhas de emergência abertas

O número de portugueses que se encontram no Líbano não é conhecido com exatidão, “porque nem todos os portugueses se registam no consulado”.

Os dados oficiais indicam que serão cerca de cerca de meia centena, mas “poderá haver mais alguns que estejam a viver no Líbano, de que nós não tenhamos o contacto”, refere a secretária de Estado.

Os portugueses que não estejam registados e necessitem de contactar com as autoridades nacionais, podem usar o e-mail e telefone do gabinete de emergência, que funcionam 24h/dia e cujos número e endereço está no portal das comunidades.

Podem ainda enviar um email do posto consular ou usar o “telefone que existe de emergência, que funciona fora das horas de serviço”, refere a secretária de Estado.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros recebeu um pedido de ajuda de um português que se encontra no Líbano e que quer regressar a Portugal.

A explosão causou, de acordo com o balanço provisório que está sempre a ser atualizado, 100 mortos e mais de quatro mil feridos.

Ao longo desta quarta-feira, o Governo português tenciona atualizar as informações sobre os cidadãos nacionais que possam ter sido afetados.

Beirute, capital do Líbano, foi em tempos conhecida como a Paris do Médio Oriente.


[Notícia atualizada às 14h00, com mais declarações da secretária de Estado das Comunidades sobre o português que pretende regressar a Portugal).

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