02 mar, 2019 - 21:22
Um total de 183 pessoas ficaram feridas e uma morreu nas manifestações de sexta-feira, na Argélia, contra o anúncio de que o Presidente Abdelaziz Bouteflika se vai candidatar a um quinto mandato.
Estes são já considerados os maiores protestos no país contra o Governo desde a Primavera Árabe, há oito anos.
Dezenas de milhares de pessoas saíram à rua, na sexta-feira, para exigirem que Abdelaziz Bouteflika, de 82 anos, abandone o poder.
A maioria dos protestos foi pacífica, mas foram registados confrontos na sexta-feira à noite nas imediações do palácio presidencial, em Argel. Este sábado a situação era calma na capital argelina.
Os protestos contra a recandidatura de Bouteflika começaram na semana passada, mas esta sexta-feira foi o ponto alto da contestação.
O Presidente sofreu uma trombose, em 2013, e desde então raramente aparece em eventos públicos e muitos argelinos acreditam que já não tem condições de saúde para ocupar o cargo.
O diretor de campanha disse na terça-feira que o chefe de Estado vai formalizar a sua candidatura no domingo.
Na semana passada, as autoridades argelinas anunciaram que o Presidente vai deslocar-se à Suíça para realizar exames médicos. Na sexta-feira, a televisão suíça confirmou que Bouteflika estava no Hospital Universitário de Genebra.
As eleições presidenciais na Argélia estão marcadas para abril deste ano. Bouteflika está no poder desde 1999.