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É o Supra, man!

29 jun, 2020 - 15:45 • José Carlos Silva

Vai do zero aos cem em 4,3 segundos. Tem a velocidade máxima limitada nos 250. Em 2020 é ainda possível reviver um pouco o “Velocidade Furiosa” de outros tempos? Sim é. O sonho, ninguém nos tira. Não é um avião, nem um meteorito, é o Supra, man.

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Nos dias que correm, podemos dizer que já não há automóveis maus. Há carros que são melhores e outros piores. E há uma outra categoria, apesar de tudo ampla, onde entram, os automóveis excepcionais. Já lá está o Toyota Supra 3.0 GR.

Continua a fazer virar cabeças. Transpira agilidade, os genes racing estão lá todos.

Sendo que os puristas, até bem podem alegar que este não é um produto cem por cento nipónico, que partilha com o BMW Z4 o motor, a plataforma e uma caixa automática idêntica. O símbolo do construtor alemão está em mais de uma dezena de pontos deste automóvel. Aos puristas só podemos dizer que têm razão. Mas em nada este Toyota Supra sai penalizado quando nos sentamos ao volante.

Quando as parcerias funcionam, não há que recear. E dificilmente podemos acreditar que os japoneses da Toyota deixassem os seus créditos em mãos alheias. Mas podemos quase ter a certeza de que sem esta parceria, talvez não houvesse novo Supra. Este Toyota Supra 3.0 GR custa 80.800 euros.

Exterior

O espaço destinado ao motor dianteiro ocupa uma percentagem imensa no conjunto deste modelo. As linhas fluídas são marcadas pelo tejadilho com dupla bolha, pelas asas traseiras e pelo arco do spoiler integrado. A frente é o símbolo da agressividade com a grelha em losangos em preto, a tomar uma parte significativa do pára-choques.

O desenho apesar de fluído, é marcado na carroçaria em vários pontos por entradas de ar. Ou melhor, falsas entradas de ar que reforçam ainda assim o ar desportivo deste modelo, e quem sabe, podem vir a ser úteis para quem pretender “apimentar” ainda mais este automóvel. Haja gosto e dinheiro para isso - digo eu.

Interior

A qualidade é elevada quer na construção quer nos materiais utilizados. Não há praticamente plásticos duros, há apontamentos em fibra de carbono, e o sistema de infotainment é facilmente utilizável. Os bancos são muito confortáveis, e de bonito desenho, perfeitamente reguláveis e encaixam bem o corpo, o que é muito útil quando soltamos a traseira com os 340 cavalos de potência. Mas isso é outra história de que já vamos falar.

Este Supra está recheado de equipamento, e de resto, o modelo testado só incluía um extra: A pintura metalizada. Confesso que não me deparei com nada, absolutamente nada que quisesse melhorar com extras neste exemplar.

Até o sistema de som da JBL é de série.

O quadrante digital é marcadamente dirigido ao condutor de um automóvel como este: O conta rotações está ao centro e é de grandes dimensões. A velocidade máxima aparece algures à esquerda.

E se esperamos de um carro desportivo, a dureza a condizer, estamos enganados. Este Supra é mesmo muito confortável.

Motor

O coração deste Toyota Supra mexe com qualquer um. É um seis cilindros com 340 cavalos de potência. O binário é impressionante, são 500 Nm que se sentem e bem quando se pressiona o acelerador. A tracção é traseira e o conjunto tem uma boa rigidez estrutural.

Soltar a traseira é fácil, basta esmagar o acelerador à saída de uma curva e depois, bom depois, é controlar o Toyota com o melhor kit de unhas à disposição. Os pneus de boas dimensões tal como os discos ventilados reforçam a sensação de segurança.

Para os mais espevitados, há um modo extra de condução, o modo Sport. E aqui podemos selecionar todas as afinações possíveis, do motor à suspensão, passando pela direcção, e a transmissão.

A caixa é automática de 8 velocidades, e vai do zero aos cem em 4,3 segundos e tem uma velocidade máxima limitada de 250 Km/h. Para um peso inferior a 1.500 quilos. Fazer consumos médios de 10, 11 litros não é uma miragem. E são consumos muito respeitáveis para o que este motor é capaz de fazer.

Notas pessoais. Ao contrário do Supra antecessor, perde 2 lugares traseiros. Ganha em rigidez, com um conforto superior - incrivelmente superior. É um carro que não é para principiantes, e onde falta um travão de mão. Para quê? Bom, vocês sabem…

Veja o vídeo da Toyota, sobre o Supra 3.0 GR

Supra
Toyota Supra 3.0 GR Vídeo: Toyota
Comentários
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  • Diogo Pinto
    10 ago, 2020 Freias 21:05
    Este carro , penso eu , serve de exemplo ao que á BMW apelidou de 120 D . Sinceramente penso que nos dias de hoje nem todos os carros primam pela aparência mas antes pela altura e velocidade . Aliados estes dois termos ao factor tecnológico , temos carros com uma relação preço-eficácia sobre-valorizada.

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