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​A oração “nunca é inútil” e os sacríficios vencem o mal, diz o número 2 do Vaticano

12 mai, 2017 - 23:45 • Aura Miguel , Eunice Lourenço

Na missa que pôs fim ao primeiro dia da visita do Papa, o secretário de Estado do Vaticano reconheceu o poder da mensagem de Fátima. E lembrou que “milhões de pessoas vivem ainda no meio de conflitos”.

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​A oração “nunca é inútil” e os sacríficios vencem o mal, diz o número 2 do Vaticano


“Penitência e oração foi o que Ela nos pediu”, reza um dos mais conhecidos cânticos do Santuário de Fátima. E foi sobre essa mensagem que o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, centrou a sua homilia na missa que encerrou as celebrações desta sexta-feira em Fátima.

Perante centenas de milhares de fiéis, Parolin disse que Maria quer pessoas entregues, que a oração “nunca é inútil” e que os homens conseguem vencer o mal quando fazem sacrifícios que são reparadores.

O cardeal deu um exemplo muito fácil de perceber: quando alguém recebe uma nota falsa, a reacção espontânea é passá-la a outra pessoa.

“Se me comportar segundo esta lógica, a minha situação muda: era vítima inocente quando recebi a nota falsa; o mal dos outros caiu sobre mim. Mas, no momento em que conscientemente passo a nota falsa a outrem, já não sou inocente: fui vencido pela força e pela sedução do mal, provocando uma nova vítima; converti-me em transmissor do mal, em responsável e culpado”, disse Parolin na homilia da missa celebrada no fim da tradicional procissão das velas.

Qual é, então, a alternativa? “Travar o avanço do mal, mas isto só é possível pagando um preço, ou seja, ficando eu com a nota falsa e, assim, libertando os outros do avanço do mal. Esta reacção é a única que pode travar o mal e vencê-lo”, respondeu o número dois do Vaticano. “Os seres humanos alcançam esta vitória quando são capazes de um sacrifício que se faz reparação.”

Jesus Cristo, continuou Parolin, consegue essa vitória na cruz com um “excesso de amor” que é misericórdia. Mas os homens e mulheres deste tempo também devem lutar por essa vitória do bem contra mal. E conseguem-na, defendeu o cardeal, com entrega e oração.

“Nossa Senhora convida a alistarmo-nos nesta luta do seu divino Filho, nomeadamente com a oração diária do terço pela paz no mundo. Porque, embora tudo dependa de Deus e da sua graça, é preciso agir como se tudo dependesse de nós, pedindo à Virgem Maria que o coração dos indivíduos, o lar das famílias, a caminhada dos povos e a alma fraterna da humanidade inteira Lhe sejam consagrados e colocados sob a sua protecção e guia. Ela quer gente entregue! O coração da Mãe alcançará vitória, à frente de milhões dos seus filhos e filhas”, exclamou Parolin.

O cardeal vê na consagração do mundo ao coração de Maria, pedido em Fátima, a garantia de paz, mesmo que ela pareça distante.

“Cem anos depois das aparições, se, para muitos – como diz o Papa Francisco –, a paz aparece de certo modo como um bem indiscutido, quase um direito adquirido a que já não se presta grande atenção, entretanto, para outros, é apenas uma miragem distante. Milhões de pessoas vivem ainda no meio de conflitos”, reconheceu o cardeal, considerando que é preciso perseverar no pedido feito por Maria em Fátima.

“Perseverança na consagração ao Imaculado Coração de Maria, diariamente vivida com a reza do terço. E se, não obstante a oração, as guerras persistirem? Ainda que não se veja resultados imediatos, perseveremos na oração; esta nunca é inútil. Mais cedo ou mais tarde, frutificará”, garantiu Parolin.

A homilia terminou com um pedido de entrega a Deus. “Com a generosidade e a coragem de Maria, ofereçamos a Jesus o nosso corpo para que Ele possa continuar a habitar no meio dos homens; ofereçamos-Lhe as nossas mãos, para acariciar os pequeninos e os pobres; os nossos pés, para ir ao encontro dos irmãos; os nossos braços, para sustentar quem é fraco e trabalhar na vinha do Senhor; a nossa mente, para pensar e fazer projectos à luz do Evangelho; e sobretudo o nosso coração, para amar e tomar decisões de acordo com a vontade de Deus”, pediu o secretário de Estado do Vaticano.


A Renascença acompanha a viagem do Papa Francisco. Apoio Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

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