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​Turismo bate recorde no Algarve, mas inflação e falta de trabalhadores preocupam

01 set, 2022 - 17:37 • Rafael Duarte

O turismo algarvio voltou em força depois de dois anos difíceis devido à pandemia. Agosto de 2022 promete ficar para a história com uma taxa de ocupação superior a 93%. Ainda assim, os empresários lamentam o aumento dos custos e a falta de mão de obra.

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O mês de agosto terminou e chegados a setembro é tempo de fazer o balanço de um dos melhores meses para o turismo no Algarve. "Em 2019, tivemos 93% de ocupação e a nossa expetativa é que possamos subir esse valor. Em julho, subimos 5% em relação à ocupação de 2019 [melhor ano de sempre para o turismo no Algarve] e estamos convictos que em agosto vamos subir também".

Hélder Martins, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, não esconde a felicidade por ver que o turismo voltou em força depois de dois anos onde o setor passou as passas do Algarve.

Apesar do crescimento, as empresas hoteleiras não esperam grandes resultados nas receitas devido à inflação.

"Podemos considerar que chegando ao final do mês, em julho passou-se isso, aumentamos 10% a 15% os proveitos daquilo que é a faturação direta das empresas, mas depois quando analisamos os custos aí vem a tal opinião que os custos aumentam muito mais daquilo que foi o aumento das receitas. Vamos chegar a essa conclusão em relação a agosto, mas não atiramos a toalha ao chão", garante à Renascença.

Sem atirar a toalha ao chão porque há outro problema por resolver que é a falta de mão de obra. "Viu-se muitos restaurantes a operar só com uma sala mesmo que tivessem mais, viu-se muitos hotéis que se calhar tiveram que fechar quartos porque não tinham quem fizesse os quartos para mudar o cliente, portanto houve um pouco por todo o lado essa falta de recursos humanos", lamenta Hélder Martins.

Para combater essa falta de trabalhadores, já estão definidas as soluções.

"Temos que tornar o turismo mais apelativo para quem lá quer trabalhar, mas temos que ir à procura de mão de obra porque em Portugal não conseguimos. Estamos a trabalhar com o Instituto de Emprego e outras entidades como a Organização Internacional das Migrações no sentido de trazer colaboradores dos PALOP com tempo para formá-los e preparar para que a próxima época não venha a ter este problema", explica.

Até lá ainda há o mês de setembro que promete aquecer as férias de muitos.


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