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Há três setores da economia que cresceram com a pandemia. Saiba quais são

07 dez, 2021 - 16:54 • João Carlos Malta

Em sentido inverso, transportes, alojamento e restauração e serviços gerais foram os setores mais atingidos pela crise provocada pela pandemia de Covid-19, indica a consultora D&B.

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A pandemia está a ter, de forma geral, um impacto negativo na economia e, consequentemente, na criação de empresas, mas há três setores para os quais a pandemia está servir como um novo balão de oxigénio. Estão mesmo a crescer em número de novos negócios.

Segundo os dados da consultora D&B, as imobiliárias registaram um grande crescimento na criação de novas empresas, à semelhança do que aconteceu antes da pandemia.

"Até 30 de novembro nasceram neste setor 4.588 novas empresas, o que representa um crescimento de 6,1% face a 2019 e de 33% quando comparado com 2020", revela o mesmo barómetro.

"O crescimento do empreendedorismo neste setor verifica-se em todo o país, à exceção dos grandes centros urbanos como Lisboa, Porto e Coimbra", diz o comunicado.

Mas além deste, há mais dois setores que estão a crescer em relação ao período pré-pandemia: as tecnologias da informação e comunicação (+6,1%) e agricultura e outros recursos naturais (+0,4%), que registam crescimento em relação a 2019.

Em sentido inverso, algumas atividades sofreram maiores impactos da pandemia e das medidas restritivas decretadas para a combater mostram ainda uma maior distância em relação aos valores de 2019, como os transportes (-56%), alojamento e restauração (-28%) e serviços gerais (-27%).

Globalmente, até 30 de novembro nasceram em Portugal 38.211 novas empresas.

São números que, segundo esta consultora, revelam ainda alguma fragilidade da economia nacional, sobretudo nos setores mais afetados pela pandemia, pois apesar de representarem um crescimento de 9,4% em relação ao mesmo período de 2020, estão ainda 16,7% atrás de 2019, o último ano antes da pandemia.

Os meses de outubro e novembro de 2021 voltaram a superar os meses homólogos, após uma quebra em agosto e setembro.

O ano de 2021 deverá terminar com a criação de novas empresas ao nível de 2017, que foi cerca de 38 mil.

Por outro lado, os encerramentos e as insolvências continuam a registar valores inferiores a 2019. A D&B justifica esta situação com as "medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas".

Encerraram este ano 11.091 empresas, menos 6,4% que no período homólogo e menos 21,4% do que em 2019. "Todos os setores de atividade registam níveis inferiores a 2019", lê-se no comunicado.

Até 30 de novembro, 1.820 empresas iniciaram um processo de insolvência, valor que representa uma descida de 14,8% face a 2020 (menos 315 novos processos) e de 10,1% face a 2019 (menos 204 novos processos).

A esmagadora maioria dos setores de atividade encontra-se em níveis inferiores a 2019, com a exceção do Alojamento e Restauração (+86 novos processos) e dos Serviços Gerais (+36 novos processos).

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